tag:blogger.com,1999:blog-49109589212549085462024-02-19T00:40:53.305-03:00FALAESCRITApropondo ideiasN. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.comBlogger70125tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-85227955744388833982016-08-18T00:13:00.003-03:002016-08-18T00:13:46.578-03:00Tempos atuais
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Liberation Serif","Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "WenQuanYi Micro Hei"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Tempos atuais</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Já estamos acostumados a ouvir e repetir esta
afirmação: nosso mundo está em crise. Por isso um discurso sobre
crise não é nem possui novidade. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Novidade, em se falando sobre crises, está no fato de
que ninguém está imune a ela. Feito gripe, ela nos atinge a todos.
E não se trata de crise local ou regional: é o mundo que está em
crise.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Mas, aí alguém pode perguntar: Em que consiste essa
crise? Onde ela nos atinge?</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Seu impacto sobre nós, é como a percebemos. Ou seja,
ela se manifesta de diversas formas: na economia, na política, nas
relações sociais... Como se trata de uma crise generalizada, ela
nos atinge em todos os níveis e todos os níveis estão
entrelaçados. Trata-se, portanto, de uma crise em rede. Dela não há
escapatória, estamos enredados na mesma teia. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">E quando escapamos de um tentáculo outro nos alcança,
feito língua de sapo engolindo mariposa atraída pela luz da
desorientação.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">O problema da crise do mundo não é onde ela nos
atinge, mas a sua origem. Ela nos atinge a partir e por causa de sua
origem. E a origem da crise está nos valores vigentes. Vivemos uma
crise de valores por isso sua manifestação ocorre na forma de uma
crise Ética. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Retomemos, portanto a afirmação: Os tempos atuais são
tempos de crise porque vivemos uma crise de ética. Uma crise ética
que se manifesta na forma de <b>inversão de valores; de substituição
de valores; de redefinição de valores</b>: valem as coisas e as
pessoas não valem nada. Importa a lei e não a justiça; importa o
preço da consulta e não a cura do enfermo; importa o poder político
e não o serviço ao público. Dilata-se o valor atribuído àquilo
que possuímos, àquilo que pode ser mostrado, às aparências, na
mesma proporção em que o ser humano é minimizado e aviltado,
esquecido, agredido. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Como podemos perceber isso? Um exemplo dessa situação
é o quadro político brasileiro deste início de 2016. Assistimos ao
afastamento da representante do executivo num processo organizado
pelo legislativo. Algo que não tem nada de anormal, não fosse a
conjuntura em que o fato se deu: o executivo afastado sob acusação
de crime, mas muitos daqueles que votaram pelo afastamento são
acusados no mesmo esquema criminoso. E isso nos obriga a <b>perguntar:
o processo de afastamento foi apresentado em nome da decência, da
moralidade, da justiça, da democracia, do bem estar coletivo, social
e nacional ou foi orquestrado </b><i><b>apenas para satisfazer
interesses </b></i><b>de grupos alijados do poder?</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Se o afastamento, mesmo que tenha havido o crime, não
foi feito em nome da sociedade e da justiça, mas em nome de
interesses particulares há que se questionar a eticidade do fato.
<b>Admitindo isso, somos levados a concluir que se não houvesse
interesse particular, mesmo havendo crime, não haveria o afastamento</b>
e, portanto, o interesse do povo e a justiça não seriam atendidos. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">E, se é para moralizar os atos políticos, o mesmo
critério e as mesmas denúncias que foram imputados à ex-presidente
devem, por imperativo moral, ser aplicados aos governadores,
prefeitos... pois, cada um em seu nível de atuação, comete as
mesmas irregularidades. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Além disso, os demais envolvidos e acusados do mesmo
crime da ex-presidente, precisam ser investigados e levados a
julgamento. Caso contrário permanecerá apenas um jogo de cena, para
satisfazer interesses particulares; apenas se executará um “boi de
piranha” para que os tubarões continuem engordando engolindo a
nação. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Assim a política (que poderia ser entendida como a
<i>ética da polis </i>ou da vida em grupo) acaba se convertendo em
uma arena em que vence quem é mais ardiloso e é trucidado aqueles
que têm menor jogo de cintura. Nisso tudo se observa o que estamos
chamando de inversão de valores. Ou, em alguns casos, supressão de
valores. É a manifestação da crise do mundo atual: crise ética
que provoca a crise social, econômica, política...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Neri de Paula Carneiro</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Mestre em educação, filosofo, teólogo, historiador</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">Rolim de Mora - RO</span></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-89893365990473978572016-08-18T00:11:00.003-03:002016-08-18T00:11:50.223-03:00Prova de fé
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
<b>Prova
de fé</b></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Na
Idade Média nasceu uma expressão dizendo que a filosofia é serva
da teologia. Para teólogos e filósofos medievais a filosofia
ajudava a esclarecer a fé.
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Hoje
sabemos que, se existiu esse casamento, os cônjuges estão
divorciados e cada um segue seu destino. A filosofia com suas
indagações, preocupações e afazeres e a teologia continua
justificando as práticas religiosas. Vez por outra se encontram na
discussão e esclarecimento de algum tema espinhoso. É o caso da
discussão atual sobre a fé.
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Sabemos
que a filosofia se detém sobre o conhecimento racional e que pode
ser sustentado por argumentos racionais, lógicos e,
consequentemente, coerentes. Sabemos que a teologia continua
apresentando novos e mais profundos elementos que justifiquem os atos
de fé, que esclareçam as posturas dos crentes.
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Mas,
nem a filosofia nem a teologia se ocupam com a produção da fé. As
pessoas têm fé ou não. Tendo ou não, a filosofia se ocupa em
explicar as implicações disso. Entretanto a finalidade não é
aumentar ou ridicularizar a fé ou a crença de quem a possui. O que
a filosofia se propõe é desafiar aquele que crê a justificar sua
crença, a fundamentar seu ato de fé. Talvez para ajudar a evitar
que o crente se deixe enganar por espertalhões que, sabemos de sua
existência, aproveitam da singeleza e honestidade dos crédulos para
tirar vantagens, principalmente financeiras. E, nesse ponto filosofia
e teologia acabam se juntando, pois a função da segunda, como
ciência do sagrado e das práticas religiosas, relaciona-se com o
esclarecimento dos fundamentos da fé: Em que consiste? Como se
manifesta? Quais são as posturas condizentes? Quais as repercussões
da fé na vida cotidiana... mas sem a preocupação de fazer com que
a pessoa acredite ou deixe de acreditar. A fé, dizem os teólogos é
um dom, portanto independe do agraciado: ele simplesmente tem fé,
que pode ser mais esclarecida em seus fundamentos.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Isso
implica dizer que, tanto para a filosofia como para a teologia a fé
refere-se a um ato que dispensa explicação. E isso por uma razão
simples: se a fé for explicada deixa de ser fé, perde sua razão de
ser. Portanto, hoje não se justifica a discussão patrística e
medieval entre fé e razão. A fé (teologia) e a razão (filosofia)
possuem objetos e objetivos distintos, embora se possam ajudar
mutuamente, mas cada uma em seu campo específico de ação.</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Disse isso tudo com dois objetivos: questionar algumas posturas de
pregadores que anunciam milagres como elemento essencial para que
alguém creia. Mas se a atitude de fé depende do milagre, que é uma
demonstração, deixa de ser fé pois foi comprovada. O milagre
portanto é uma prova. E se alguém depende da prova para ter fé, no
momento em que for provado, não precisa mais de fé, pois a
evidência da prova se impõe por si mesma.
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
E
isso nos leva ao segundo objetivo: comentar a postura de Tomé e dos
demais discípulos que viram o “mestre” após a ressurreição
pascal. Jesus se manifesta aos apóstolos reunidos e amedrontados e
lhes confere uma missão: anunciar ao mundo que ele havia
ressuscitado. A aparição não tinha a finalidade de produzir fé,
mas de conferir uma missão. Ausente, Tomé pede uma prova para crer.
Quando o ressuscitado se apresenta diz ao incrédulo: “bem
aventurados os que creram sem ter visto”.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Essa
é a nossa questão: se a fé depende de comprovação ou dos
milagres, é porque não existe fé e não existirá; se determinada
igreja (por meio de suas lideranças) faz questão de usar os
milagres para produzir fé... é bom tomar cuidado, pois pode ser que
ali exista algum charlatão querendo ludibriar as pessoas.
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Portanto é bom tomar cuidado com aqueles ajuntamentos de pessoas que
fazem eloquentes discursos convidando a assistir alguma cura
miraculosa. Não que não ocorram os milagres, mas não como prova
do transcendente. O milagre é uma prova e a prova elimina a fé. E
se alguma igreja insiste no milagre como pré-requisito da fé,
desacredite dela, pois pode estar querendo apenas te ludibriar.
</div>
<div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Neri
de Paula Carneiro</div>
<div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Mestre
em educação, filósofo, teólogo, historiador</div>
<div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.06cm;">
Rolim
de Moura - RO</div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-75151553412186519762016-08-18T00:10:00.002-03:002016-08-18T00:10:42.798-03:00Correr mais
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 10); }P.western { font-family: "Liberation Serif",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "WenQuanYi Micro Hei"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }A:link { }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><b>Correr mais</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">O colega Aristóteles, (sec
IVaC), afirmou que o se humano é um ser social. Quer dizer, uma das
formas que o ser humano tem para humanizar-se é a vida em sociedade.
</span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Entretanto, atualmente, as coisas
mudaram. Nos dias atuais temos a impressão de que é necessário
pisar nos concidadãos para ter sucesso. O individualismo, o egoísmo,
a enganação e não a vida social são os novos valores. E até as
amizades têm um preço: vantagem pessoal.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Esse individualismo ocorre tanto
em nível pessoal como profissional e econômico. Talvez por esse
motivo a solidariedade deixou de ser um valor para converter-se em
mais um meio de vida. Muitas pessoas e instituições vivem de ganhar
dinheiro explorando o espírito solidário que existe nas pessoas. Ou
você acha que essas campanhas da grande mídia em favor de
hospitais, de crianças ou de vítimas de algum grande desastre é
feita gratuitamente? </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Não! Definitivamente não! As
pessoas não fazem nada apenas para ajudar o outro. Podem até
ajudar, mas pensando em alguma vantagem. E se é para tirar vantagens
não é solidariedade nem ajuda. É a chance de explorar, é mais uma
oportunidade!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Isso nos leva aos amigos daquela
historinha que teria ocorrida numa região da África. Diz a
história, uma espécie de piada:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
“<span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>Dois amigos divertiam-se
nas savanas africanas quando se perderam. E, de repente, viram-se
diante de um leão, aparentemente faminto. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>Passado o primeiro instante de
pavor, um deles começou a preparar-se para correr. Tirou as botas de
safári e calçou um tênis, leve e próprio para corrida.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>O outro, vendo aquilo
perguntou: </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>- O que você está fazendo?
Por acaso pensa que poderá correr mais do que o leão?</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>- Não! Não quero correr mais
do que o leão. Só tenho que correr mais que você”</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Essa historinha parece ser é só
mais uma piada. Só mais uma história. Só mais uma forma de dizer
como é a nossa sociedade. Mas notemos que o amigo de tênis não se
preocupou nem um instante em ser solidário. Não se deteve em buscar
uma solução – urgente – para salvar ambos. Traçou,
rapidamente, uma estratégia para atingir a vitória. Mas a sua
estratégia exigia que sacrificasse o amigo. Raciocinou assim: “se
eu correr mais que você o leão te pega e eu escapo!” Isso
acontece diariamente nas relações sociais e profissionais!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Para reforçar essa constatação
da sociedade individualista e egocêntrica, podemos nos lembrar de
alguns versos de músicas que marcaram pelo comentário sobre a
sociedade: O grupo RPM que nos anos 1980 contou “</span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>Alvorada
Voraz</i></span><span style="font-family: Times new roman, serif;">”. Numa das
estrofes denuncia a corrupção: </span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>“nesse
pais, é o dinheiro quem manda/ Juram que não corrompem ninguém,
agem assim/ Pro seu próprio bem”</i></span><span style="font-family: Times new roman, serif;">.
E no refrão denuncia a conivência da sociedade em relação aos
corruptos: “</span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>e eu, /
nesse mundo assim, vendo esse filme passar,/ assistindo ao fim, vendo
o meu tempo passar</i></span><span style="font-family: Times new roman, serif;">”.
Quer dizer: sabemos das mazelas sociais, mas assistimos a tudo como a
um filme. Ou seja: divertindo-nos! E, a maioria de nós, também
querendo tirar vantagem.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Também Max Gonzaga, na música
“</span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>Classe média</i></span><span style="font-family: Times new roman, serif;">”
canta o descompromisso com o outro e a indiferença em relação a
tudo que acontece: </span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>“Porque
eu não "to nem ai"/ Se o traficante é quem manda na
favela / Eu não "to nem aqui" / Se morre gente ou tem
enchente em Itaquera /Eu quero é que se exploda a periferia toda /
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta”</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">O que isso indica? Que nossa
sociedade apodreceu. Não nos importamos com ninguém a não ser nós
mesmos. Nem mesmo a família acredita em si para defender ou
transmitir valores. Não são poucos os pais que confessam sua
incompetência e descompromisso com os filhos, abandonando-os em
alguma escola, dizendo: </span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>“dá
um jeito em meu filho que já não sei mais o que fazer com ele</i></span><span style="font-family: Times new roman, serif;">”.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">A constatação é simples:
estamos correndo; e queremos correr mais pensando que vamos chegar na
frente, mas na verdade estamos indo direto para a boca do leão.</span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Neri de Paula Carneiro</span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Mestre em educação, filosofo,
teólogo, historiador</span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Rolim de Moura - RO</span></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-52355932008892024272016-08-18T00:09:00.003-03:002016-08-18T00:09:38.165-03:00Questão de ética
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<strong><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;"><b>Questão
de ética</b></span></span></span></strong></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Já nos acostumamos
a falar que os políticos de nosso país são corruptos. Dizemos,
também, que o povo brasileiro é tão corrupto quanto os políticos
contra os quais esbraveja. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Alguns
teóricos, ao analisar o comportamento da população, falam em </span><span style="font-style: normal;"><b>dupla
moral</b></span><span style="font-style: normal;">: </span><i>um
comportamento para a vida pública </i><span style="font-style: normal;">pelo
qual as pessoas, quase ostensivamente, cumprem as regras e normas e
todos os princípios da moral socialmente aceita. E </span><i><span style="text-decoration: none;"><span style="font-weight: normal;">outro
comportamento para o âmbito particular </span></span></i><i><span style="text-decoration: none;">e
privado</span></i><span style="font-style: normal;">, pelo qual o
indivíduo age pensando apenas nos seus interesses particulares,
desrespeitando toda e qualquer norma e convenção estabelecida pela
sociedade.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-style: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Nesse ponto
recordo-me da seguinte historia que fala de uma pescaria
inesquecível, propondo uma reflexão sobre retidão moral.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
“<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>Pai e filho
foram pecar no lago, próximo de onde viviam. Sabiam que a temporada
de pesca só começaria no dia seguinte. Pescariam, portanto, apenas
o que a lei permitia.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>Lançaram seus
anzóis e, mais do que pescar, contemplavam a natureza e o luar que
prateava as águas. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>De repente o
menino percebeu havia pescado algo. Depois de logo tempo conseguiu
erguer o anzol onde ainda se debatia um enorme peixe. Mas era um
daqueles peixes que só poderiam ser pescados depois de iniciada a
temporada de pesca. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>Admiravam o peixe
quando o pai olhou para o relógio: ainda faltavam duas horas para a
meia noite, quando oficialmente começaria a temporada. Abraçando o
filho, disse:</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>- Você tem que
devolvê-lo às águas, filho! </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>- Mas, papai....
– reclamou o menino. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>- Vai aparecer
outro – insistiu o pai. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>- Não tão
grande quanto este – choramingou a criança.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>O garoto olhou à
volta. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Novamente olhou para o pai. Não havia testemunhas. Mas a firmeza da
voz do pai indicava que se tratava de uma </i></span></span><strong><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">inegociável.
Tirou o peixe do anzol e o </span></i></span></span></strong><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>devolveu
às águas. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>Novamente em seu
mundo, o peixe fez um rápido movimento, desapareceu. O menino sabia
que nunca mais o veria.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>Os anos se
passaram e o menino, agora adulto, leva seus filhos para pescar no
mesmo lago, sempre dentro da temporada permitida. Mas nem ele nem
seus filhos jamais conseguiram pescar novamente aquele enorme peixe.
E ainda hoje, quando reconta sua história a seus filhos, acrescenta
a lição inesquecível, ensinada pelo pai: fazer o que é certo não
porque tem alguém olhando, mas porque é o correto a fazer”.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Esta historinha nos
propõe refletirmos sobre um <b>princípio da ética </b><span style="font-weight: normal;">e
do comportamento moral</span>: fazer o que deve ser feito. Esse é um
imperativo moral. Deixar de fazer o que é necessário que se faça é
uma afronta à moral. É um erro fatal para com a vida social.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Por qual motivo
deve-se fazer o que tem que ser feito? Apenas porque é a coisa
certa. É necessário fazer o que é certo não porque tem alguém
vendo ou testemunhando, mas porque é a coisa certa a fazer. Isso
significa que fazer a coisa certa porque tem alguém observando não
é o correto, pois, nesse caso, não se está fazendo o que se tem
que fazer, mas o que a testemunha quer ver. O ato está sendo
realizado não porque possui um valor mas porque sua realização
renderá um elogio, uma aprovação, um reconhecimento, um benefício
pessoal. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">O menino da nossa
história queria isso: não o benefício de ficar com o peixe, mas de
poder ficar com o peixe que ainda não podia ser pescado. Não queria
o peixe, mas fazer o que não podia ser feito.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Parece-nos que este
é um dos grandes problemas de nosso país. É o nosso problema: Nós
e os políticos queremos as vantagens e não os valores. Queremos os
benefícios e não fazer o que tem que ser feito.</span></span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<strong><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Neri
de Paula Carneiro</span></span></span></strong></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<strong><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">Mestre
em educação, filosofo, teólogo, historiador</span></span></span></strong></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><strong><span style="font-style: normal;">Rolim
de Moura- RO</span></strong></span></span></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-46678647794984584752016-08-18T00:05:00.001-03:002016-08-18T00:05:23.084-03:00Política: coisa da besta?
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 10); }P.western { font-family: "Liberation Serif",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "WenQuanYi Micro Hei"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><b>Política: coisa da besta?</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Não tente ver uma conotação
religiosa neste titulo. Trata-se de uma indagação sobre a essência
humana. Ou seja, queremos saber o que faz do ser humano, um ser
humano.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Como entender isso? Vejamos!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Certamente já ouvimos e lemos
alguma coisa sobre um grande pensador da Grécia Antiga: Aristóteles.
Entre outras coisas ele escreveu um livro sobre política, cujo
título é, justamente: “</span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>Política”.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Nesse livro apresenta uma das
mais antigas caracterizações do homem: de que somos seres sociais.
Logo no primeiro capítulo diz, que: </span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>“o
homem é naturalmente feito para a sociedade política”</i></span><span style="font-family: Times new roman, serif;">.
Quer dizer, o homem existe porque vive em sociedade, em grupo. E este
é nosso problema: a vida social depende de decisões políticas, ou
seja: regras de convivência. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Caso parássemos aqui, na
afirmação da natureza política, tudo estaria resolvido. Mas nosso
problema vai além. Nosso problema está na construção do grupo,
pois para viver em grupo o homem depende de regras de convivência. E
a construção dessas regras é um processo e decorre de uma ação
política. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Como, então, entender isso que
chamamos de política? Não a confundamos com as malandragens que se
institucionalizou naquilo que hoje chamamos de política. Na
realidade deve-se entender a política como a negociação que os
indivíduos fazem para estabelecer as normas para viver em grupo. Não
importa se esse grupo seja de duas pessoas ou de milhares. Havendo um
grupo manifesta-se a necessidade das regras de convivência.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">E aqui é que se impõe nosso
problema. Antes de viver em grupo, tomamos a decisão de viver em
grupo. E, por qual motivo nos agrupamos? Por que temos necessidade
que só suprimos quando nos juntamos a outros que tem o mesmo
problema. Então juntos, solucionamos o problema que é comum. Isso
significa que o grupo é decorrência de nossa necessidade de
defender ou fazer valer nossos interesses. Ou seja, vivemos em grupo
porque temos interesses a defender. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;">Vejamos o que disse nosso amigo
Aristóteles, no livro “Política” a respeito desse conflito de
interesses: </span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><i>“Quando
se reclama a soberania da lei, reclama-se o império da divindade e
da razão. Porém quem deseja que o homem governe, de certa forma,
também deseja por uma besta selvagem no governo</i></span><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">”</span></i></span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Como podemos
entender isso?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">A primeira parte da
afirmação refere-se ao que todos nós queremos: a lei, pois
queremos viver em paz e ordenadamente. Esse é nosso desejo e
aspiração racional. É o que queremos. E dizemos que o grupo social
existe para organizar e defender essa convivência (</span></span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>com-vivência)</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Entretanto para
chegar ao que queremos precisamos passar pelo processo da construção
do que queremos. E neste ponto afloram todos os tipos de conflitos e
interesses. Deixamos de agir com a razão para defender os nossos
interesses; e nisso se manifesta nossa animalidade. Animalidade que
se expressa como uma “</span></span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i>besta
selvagem</i></span></span><span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">”
que assume o governo. </span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Isso é o que vem
acontecendo ao longo da história da humanidade. São milhares de
anos de história em que a com-vivência, que deveria ser o objetivo
do grupo e da política, deixa de ser o objetivo para que, sobre ele,
se imponha o interesse particular. É quando não mais a razão e lei
prevalecem, mas a “besta selvagem”. E isso não foi inventado por
este ou aquele partido da atualidade, mas vem se impondo ao longo dos
milênios.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">E hoje, dizer que
este ou aquele partido que eventualmente esteja no governo é
corrupto ou está roubando, é o mesmo que confessar ignorância,
esquecer que há uma animalidade em nós ou, pior ainda, é porque
fazemos parte do grupo que deseja tirar aquele que hoje está
roubando para entrar em seu lugar e roubar também! É a besta
selvagem que está falando!</span></span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Neri de Paula
Carneiro</span></span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">mestre em educação,
filósofo, teólogo, historiador</span></span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.98cm;">
<span style="font-family: Times new roman, serif;"><span style="font-size: small;">Rolim de Moura - RO</span></span></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-87667713400045178762016-08-18T00:04:00.001-03:002016-08-18T00:04:33.889-03:00Aula de vida
<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 0); }P.western { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Aula de vida</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Vamos comentar alguns aspectos da vida, da política, da
sociedade, enfim, sobre a existência humana. E, para começar quero
te convidar a uma reflexão sobre alguns de nossos posicionamentos em
relação à vida e aos valores que prezamos. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Ou seja, vamos nos perguntar: o que vale a vida, para
nós? A quê damos importância? </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">E, para isso, vou me valer de uma mensagem que circula
pela Internet. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Eu a recebi há pouco tempo atrás, por e.mail. Por
e.mail porque não aprendi a cultivar facebook ou wathc zap </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">A mensagem diz o seguinte:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
“<span style="font-size: small;"><i>Um professor, numa aula de filosofia, pegou um
pote de vidro, grande e vazio, e em silêncio começou a enchê-lo
com bolas de golfe. Em seguida, perguntou aos seus alunos:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>- Vocês acham que o vidro está cheio?</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>Todos disseram que sim. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>O pegou, então uma caixa com bolas de gude e a
esvaziou dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios
entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>- E agora, o vidro está cheio?</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>Novamente os alunos disseram que sim. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>Em seguida, pegou uma caixa com areia e a despejou
dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda
restavam e ele comentou com os alunos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>- Vocês, certamente me dirão que agora o vidro está
cheio!</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>Entre risinhos incrédulos e sem entender bem as
coisas os alunos disseram que sim, que agora o pote estava cheio. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>Então o professor pegou um copo de café.
Aparentemente para tomar, mas derramou o café sobre o pote,
umedecendo a areia. Os estudantes riam da situação. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>O professor olhou bem para os estudantes e então
lhes disse:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>- Gostaria que vocês entendessem o seguinte: </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>* O <b>pote</b> de vidro representa nossas vidas. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>* As <b>bolas de golfe</b>, são as coisas mais
importantes, como Deus, a família, os filhos, os amigos. São
realidades com as quais nossas vidas ficam repletas de felicidade. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>* As <b>bolas de gude</b> são as outras coisas que
importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo, etc. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>* A <b>areia </b>representa todas as pequenas coisas;
as vezes coisas insignificantes. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>E aqui está a grande lição: caso tivéssemos
colocado a areia em primeiro lugar, na pote de vidro, não haveria
espaço para as bolas de golfe. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se
gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas, nunca
teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção
nas coisas que são cruciais para a sua felicidade: Brinquem com seus
filhos e amigos, saiam para se divertir em família, dediquem um
pouco de tempo a vocês mesmos, tenham fé em algo ou em alguém,
pratiquem seu esporte favorito. Sempre haverá tempo para as outras
coisas, mas ocupem-se das bolas de golfe em primeiro lugar. O resto é
apenas areia...</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>Num breve instante de silêncio, um aluno se levantou
e perguntou o que representava o café. O mestre sorriu e lhe
respondeu:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;"><i>- Que bom que você me perguntou isso, pois o café
serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja
nossa vida. Sempre haverá lugar para tomar um café com um amigo”</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Creio que esta historinha, que pode ser recontada das
mais diferentes formas, nos convida à mesma reflexão, cobrando o
mesmo posicionamento: trata-se de um convite a rever – ou reforçar
– nossos valores. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">É comum supervalorizarmos pequenas coisas e por causa
delas, muitas vezes, entramos em atrito com amigos ou pessoas de quem
gostamos. É comum vermos rodas de amigos, onde não ocorre conversa
e interação, pois todos estão concentrados na areia das redes
sociais. É comum ouvirmos dizer que fulano de tal esta com depressão
porque se sente sozinho, mas tem milhares de “amigos” ou de
“seguidores” ou seja lá o nome que se dê a esse universo
paralelo que, a cada dia mais, está sufocando as coisas importantes
de nossa vida. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Com isso podemos voltar à indagação inicial: a quê
damos importância? Para mim e para você: o que realmente importa? </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Num grupo de amigos, preferimos contar piada e rir
juntos ou nos isolamos na multidão? Usamos os nossos telefones
celulares e outras tantas tecnologias para a comunicação ou para
nos isolarmos? Preferimos apertar as teclas de um aparelho ou a mão
de uma amigo? </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">A quê damos valor? Que valor tem a vida, para nós?</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<br />
</div>
<div align="RIGHT" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Neri de Paula Carneiro</span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador</span></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.64cm;">
<span style="font-size: small;">Rolim de Moura - RO</span></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-39264096151817546012016-07-27T13:00:00.001-03:002016-07-27T13:00:10.872-03:00“Professor só me deu”<div id="HOTWordsTxt" name="HOTWordsTxt">
<div style="margin-bottom: 0cm;">
“<strong>Professor só me deu”</strong></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Nossa
reflexão neste discurso tem a ver com o aprendizado e o comportamento
do aprendiz em relação ao processo do aprender. Poderíamos dizer, também
que se trata de uma reflexão sobre a falta de aprendizado que vem
crescendo em nossas escolas. </span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">E
esta é uma reflexão que não se ocupa em julgar o estudante, mas em
constatar um fato do qual, talvez, o estudante seja uma vítima... Mas a
vítima fatal e em última instância é a própria sociedade que paga para
ter o melhor e acaba recebendo os acidentes do processo!</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">A
questão que desejamos refletir, neste momento, diz respeito a uma
atitude que demonstra falta de aprendizado. Ela ocorre logo após alguma
avaliação. Circunstância em que, invariavelmente, algum aluno procura o
professor e, em tom de reclamação e recriminação, pergunta, afirma e
acusa: “professor, só me deu isso de nota!?”</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Para
não dizer o que pensa e para não ser grosseiro o professor se cala. Mas
lá no seu íntimo ele pensa – pensar ele pode: “Abestado, foi você e não
eu quem fez a prova!” E vai adiante: “Se a nota foi essa é porque você
não sabia mais”. Em acrescenta, ainda no íntimo do seu pensamento: “Eu
não dei nota nenhuma. Ela é reflexo daquilo que você fez na prova. Se
você acerta um número elevado de questões, a nota é alta, se acerta
poucas questões a nota é baixa. Isso não depende do professor a quem só
cabe ensinar. O aprendizado é do estudante. Se o estudante estuda,
aprende e se aprende a nota vem como consequência. O professor,
portanto, só elabora a prova e a corrige depois que ela foi respondida
pelo estudante.”</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Mas
tudo isso fica só na cabeça do professor, pois se disser algo – mesmo
que seja verdade – sua fala pode ser interpretada como grosseria, como
resposta desrespeitosa ao <em>aluno</em> (lembrando que aluno significa
“desprovido de luz” e nessa etimologia o professor é aquele que ajuda o
estudante a se apropriar do <em>lumem </em><span style="font-style: normal;">(luz) do saber</span><em>.</em></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Então
repitamos: ao professor cabe ensinar; promover as condições de
aprendizado – condições estas que, em muitos casos, é negada pela
estrutura escolar/acadêmica e noutras vezes produzida pelos aluno. Mas
ao estudante cabe estudar. Por incrível que pareça, por excelente que
seja o professor, se não houver predisposição por parte do estuante, não
haverá aprendizado e, consequentemente, não haverá boa nota. </span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Diferentemente
do que ocorre no comércio onde o cliente compra um produto e deseja
qualidade, no processo escolar isso não ocorre. O estudante que recebe
as informações disponibilizadas pelo professor pode absorvê-las ou não.
Se deseja e quando quer, aprende e tem boas notas – e se torna bom
profissional! Mas, como ocorre em muitos casos, se o aluno é medíocre ou
desinteressado, nada absorverá. E, o que é pior: dirá que o professor
não lhe deu nota; em alguns casos os próprios pais cobrarão do professor
– e não do aluno – uma melhor nota para o filho, sem cobrar do filho
mais empenho no estudo!</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Serão
esses alunos e não os estudantes que, no final do bimestre ou do
semestre, em tom choramingante dirão: “professor, você só me deu essa
nota”. Ou então: “Professor, dá um pontinho! Se eu ficar com essa nota
vou reprovar. Só um pontinho, professor!” E cada vez que vê o professor é
a mesma cantilena lamuriosa: “Então, professor, vai me dar um
pontinho?”</span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Claro
que o professor que ouve a lamúria e não diz o que pensa. Mas pensa!
Pensa mais ou menos o seguinte: “Como chegamos a esta situação? Se ele
tivesse estudado não precisava mendigar nota.” E se lamenta: “Como pode
alguém se humilhar a este ponto?”. </span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Pedir
nota é uma confissão de incompetência. Aquele que precisa pedir nota
não a merece, pois não foi capaz de consegui-la por si mesmo. E o fato
de pedir nota significa que não está preocupado em estudar e aprender.
Quer a nota para completar um requisito formal, mas não está preocupado
com a postura ética pela qual pode dizer: “Fui aprovado pelos meus
méritos” e não porque recebeu algumas migalhas de esmola!”</span></div>
<div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Neri de Paula Carneiro</span></div>
<div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador</span></div>
<div align="RIGHT" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;">Rolim de Moura- RO</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
<br />Disponível em: <a href="http://www.webartigos.com/artigos/professor-so-me-deu/144126/#ixzz4FcpmbdWZ" style="color: #003399;">http://www.webartigos.com/artigos/professor-so-me-deu/144126/#ixzz4FcpmbdWZ</a></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-39602811159645330622016-07-27T12:58:00.004-03:002016-07-27T12:58:45.193-03:00Aprendemos com eles<div id="HOTWordsTxt" name="HOTWordsTxt">
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><strong>Aprendemos com eles</strong></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Quem é professor já ouviu este tipo de pergunta: onde vou usar isto?</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Vamos começar, então por onde tudo começou.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Tudo
começou numa aula de história no ensino fundamental. O assunto eram os
povos antigos. Naquele momento não havia referência à filosofia, pois a
temática era história. Mas a reflexão depois da aula mostrou a ligação
do tema de história com uma filosofia do cotidiano. E a questão é: o
mundo antigo continua se manifestando em nosso mundo? </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">A
resposta é sim! Basta observarmos e veremos os retalhos daquilo que os
antigos fizeram em alguns ecos dentro de nossa sociedade. São saberes
que repercutem em nossa sociedade: O mundo antigo continua ecoando em
nosso meio.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Vejamos alguns exemplos. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Vivemos
em sociedade: muitos de nós um aglomerado ao qual chamamos de cidade.
Como aprendemos isso? Possivelmente a partir dos mesopotâmicos. A vida
urbana, até onde sabemos, desenvolveu-se lá. Não podemos precisar se foi
este ou aquele povo que começou a primeira cidade, mas sabemos que elas
agregaram as pessoas. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">E por que as pessoas se agregaram num amontoado urbano? Para solucionar problemas. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Inúmeros
problemas que seriam insolúveis ou mortais para os indivíduos, foram
resolvidos pelo grupo: caso típico é o da segurança. O grupo oferece
segurança ao indivíduo e os indivíduos se protegem mutuamente; segurança
que não haveria se permanecessem isolados. A vida urbana, se por um
lado trouxe soluções, por outro apresentou problemas: a disputa por
território e, evidentemente, por alimento. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Com
os problemas se avolumando foi necessário desenvolver mais alguns
elementos que permaneceram e entraram em nosso uso cotidiano: as armas e
a política, por exemplo. A necessidade de proteção do grupo exigiu a
produção de armas e as guerras possibilitaram o desenvolvimento de
tecnologias para a utilização dos metais.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Enquanto os agricultores usavam a metalurgia para fabricar arados e enxadas os soldados desenvolviam espadas...</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">A
metalurgia se desenvolveu e está em nosso meio. Os metais são uma das
artérias de nossa sociedade tecnológica. Para qualquer lado que olhemos,
eles estão presentes. Nossa sociedade depende deles. Garfos e
caminhões, relógios e microfones... tudo tem metal modificado: na forma
de ferramenta, utensilio ou joias.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Outra
coisa que os antigos inventaram foi a política. Consequência da cidade e
dos atritos que surgem da vida urbana e social, a política foi criada
para minimizar ou gerenciar os conflitos. Vários aspectos de nossa
política foi organizada pelos gregos antigos. Eles não a criaram, mas
dera-lhe um toque requintado. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Não
só em relação aos conceitos da política, como democracia, por exemplo,
mas também em relação à forma de fazer política: a arte de falar em
público e a eloquência são criações dos sofistas que ensinavam retórica e
oratória aos cidadãos atenienses para desenvolver a democracia ali
existente.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Noutras
situações os sacerdotes antigos olharam para os céus e falaram sobre
seus deuses. Movidos pela fé ou pelo medo os antigos ampliaram os
conhecimentos. Para isso precisaram compreender a dança das estrelas e a
divisão do tempo: dias, meses, anos... e essas dimensões temporais e o
seu significado acabou definindo nossa sociedade. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">A
noção de tempo, outra artéria fluindo o sangue frenético de nossa
sociedade, nasceu naquele momento em que os antigos olharam para o céu
em busca dos seus deuses. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">E, em nossa sociedade, o tempo e os céus, antigos objetos de culto, viraram objeto de exploração. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">E
assim por diante. Cada vez que buscamos a origem de algo que nos é
importante, notaremos sua raiz plantada nos tempos antigos: os antigos
nos legram seus saberes.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Começamos
esta reflexão, uma filosofia do cotidiano, buscando os ecos do passado
em nossos dias. Agora nos vem a indagação crucial: os antigos nos
legaram algumas lições e contribuições. E nós, o que legaremos aos
nossos descendentes.</span></span></div>
<div align="RIGHT" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Neri de Paula Carneiro</span></span></div>
<div align="RIGHT" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador</span></span></div>
<div align="RIGHT" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;">Rolim de Moura – RO</span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
<br />Disponível em: <a href="http://www.webartigos.com/artigos/aprendemos-com-eles/144385/#ixzz4FcpD4i2Z" style="color: #003399;">http://www.webartigos.com/artigos/aprendemos-com-eles/144385/#ixzz4FcpD4i2Z</a></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-16505673779734154822016-07-27T12:56:00.003-03:002016-07-27T12:56:41.816-03:00Educação: de quem é a responsabilidade?<div class="item fn" id="title-article">
</div>
<div class="banner-interno3 pull-left">
</div>
<div class="banner-interno3 pull-right" style="float: right: display: inline;">
</div>
<div class="content-detail-description" id="description">
<div id="HOTWordsTxt" name="HOTWordsTxt">
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<strong>Educação: de quem é a responsabilidade?</strong></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
Estamos acostumados a ouvir falar que educação tem a ver com a escola ou é uma responsabilidade da escola.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
Não que não seja, mas não é só isso. Na realidade, educação é muito mais que isso! Ultrapassa a escola porque começa antes dela.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
Então
comecemos no começo. Para falar sobre algo, precisamos, primeiro, saber
o que é aquilo sobre o quê estamos falando. Neste caso, em que consiste
isso que chamamos de educação?</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
Os
mestres da linguagem diziam que educação tem a ver com um processo.
Ninguém nasce educado. Ninguém é plenamente educado. Da mesma forma que
ninguém é “sem educação” ou seja, todos somos educados, mas, ao mesmo
tempo, estamos nos educando. Nisso consiste o processo. Isso é o que
sugere a professora <span style="font-size: small;">Maria L. A. Aranha, no livro “Filosofia da Educação”, essa é uma palavra que vem do latim, “</span><span style="font-size: small;"><em>educare” </em></span><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">e se refere ao processo de “conduzir de um estado a outro”. E</span></span><span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">nvolve, portanto, um “agente” que conduz, uma “mensagem” que é transmitida e a um indivíduo que recebe essa mensagem.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-size: small;">E
com base nisso somos levados a dizer que educação não se realiza
isoladamente. Tem a ver com vida social. É processo coletivo. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Como
estamos admitindo que se trata de um processo, somos levados a concluir
que a ação educacional, que é coletiva, não tem um ponto de partida nem
um ponto final; não se pode dizer: até aqui este indivíduo não era
educado; a partir daqui ele está educado. Pode-se dizer que o indivíduo
está se educando sempre. Pois sempre se aprimora em seus comportamentos,
valores e posturas. </span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">E, um detalhe: Percebeu? Até aqui, em nenhum momento mencionamos a instituição escolar como agente da educação!</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Cabe, então, analisar a ideia de “conduzir de um estado a outro”. Quem conduz? Quem é conduzido? </span></span></span><span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><em><span style="font-weight: normal;">O que conduz </span></em></span></span><span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">é
aquele que está numa situação ou condição na qual o conduzido ainda não
chegou, mas acredita que deve chegar. E se esse ponto deve ser atingido
é porque se acredita que ele seja bom. Trata-se, portanto, de um avanço
valorativo. </span></span></span><span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><em>O que é conduzido </em></span></span><span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">é
aquele que aceita, acata e deseja a condução; acredita que pode atingir
um ponto onde ainda não está e, para isso, depende da ajuda daquele que
já atingiu o ponto ou objetivo almejado... que não é um “ponto final”,
mas uma meta de transição, uma catapulta para o ponto seguinte. </span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Então
voltemos à nossa questão: de quem é a responsabilidade pela educação?
De quem já deu o passo ainda não dado pelo que está inserido no
processo. Concretizando isso podemos dizer que o adulto está numa
situação ou estágio em que a criança ou o adolescente ainda não atingiu.
Portanto cabe ao adulto educar a criança ou o adolescente ajudando-o a
atingir ou desenvolver os valores que ele ainda não incorporou. </span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">E
quem são os responsáveis pela criança e pelo adolescente? Todos os
adultos, mas em primeiro lugar os pais! Então a quem cabe a
responsabilidade pela educação?</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">E
a escola? Trata-se de uma instituição que tem outro papel: a ela cabe a
transmissão de informações consideradas relevantes para o
desenvolvimento do indivíduo. É uma instituição que supõe a educação e
ajuda a moldá-la, mas com outros objetivos. Por exemplo, um dos
objetivos do sistema escolar é preparar para o trabalho. Ou educar para o
trabalho. Mas a escola não vai dizer ao estudante que o trabalho é algo
bom e que este deve ser um objetivo de vida para todas as pessoas. A
escola dirá ao indivíduo: você está no mundo e precisa trabalhar,
portanto eu vou te ajudar a se preparar para isso.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">A família estimula, ensina – educa – para perceber o valor do trabalho e a escola prepara para o exercício, para a ação laboral.</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Neri de Paula Carneiro</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador</span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.02cm;">
<span style="font-family: Times new roman,serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-style: normal;">Rolim de Moura - RO</span></span></span></div>
</div>
</div>
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
<br />Inicialmente em: <a href="http://www.webartigos.com/artigos/educacao-de-quem-e-a-responsabilidade/144386/#ixzz4FconCnfd" style="color: #003399;">http://www.webartigos.com/artigos/educacao-de-quem-e-a-responsabilidade/144386/#ixzz4FconCnfd</a></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-2771244852025921062016-07-26T08:55:00.002-03:002016-07-27T12:54:05.573-03:00Educar ou ensinar<style type="text/css">P { margin-bottom: 0.21cm; direction: ltr; color: rgb(0, 0, 10); }P.western { font-family: "Liberation Serif",serif; font-size: 12pt; }P.cjk { font-family: "WenQuanYi Micro Hei"; font-size: 12pt; }P.ctl { font-family: "Lohit Hindi"; font-size: 12pt; }</style>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;"><b>Educar ou ensinar</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Quem é professor sabe disso: a escola está ficando sem
tempo para ensinar!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Acontece que tem muita confusão sendo cometida tanto no
universo escolar como fora dele. E isso ocorre devido, pelo menos, a
duas distorções. O primeiro em relação ao desvio de função e o
segundo é um equívoco conceitual.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">O que é que chamamos de desvio de função? A escola
sendo depósito de entulhos de outras instituições. Sobre a escola
está sendo lançada toda a incompetência de alguns setores sociais
e/ou da gestão pública. Toda vez que uma instituição ou setor da
sociedade confessa não ser capaz de cumprir seu papel transfere sua
responsabilidade para a escola a fim de que ela dissemine aquelas
ideias. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Explico-me, perguntando: Para que existe escola? Para
ensinar! E o que a escola ensina? Uma enorme lista de temas e
conteúdos previstos nos documentos oficiais emitidos pelo ministério
ou secretarias de educação. A título de exemplo podemos mencionar:
Plano Nacional de Educação, Referenciais Curriculares, Parâmetros
Curriculares Nacionais, etc e seus correspondentes estaduais e
municipais. Em todos esses documentos estão previstos os conteúdos
ou <i>componentes curriculares</i> a serem ministrados ou ensinados
durante as aulas pelas escolas esparramadas Brasil a fora. E esses
conteúdos (componentes curriculares) obrigatoriamente tem que ser
ensinados! A prova dessa obrigatoriedade são as chamadas avaliações
externas (como a Prova Brasil, por exemplo) que ocorrem nas escolas
cobrando esse ensino.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">O equívoco conceitual ocorre quando se confunde a
<i>educação escolar</i> com <i>educação</i>. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;"><u>Educação escolar</u>, refere-se ao ensino das
matérias, (conteúdos/componentes curriculares) previstas nos
programas oficiais. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;"><u>E a educação </u>(que é dever da família e do
Estado, segundo a lei) refere-se à transmissão dos valores
socialmente aceitos (repeito à pessoa, respeito aos mais velhos,
respeito ao ambiente escolar...). </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Esses valores também podem e devem ser ensinados pela
escola, mas não é esse seu papel primeiro – sua função é o
ensino.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">O desvio de função ocorre sempre que são lançadas
sobre a escola atribuições que não são de sua alçada. E isso
ocorre sempre o que alguma instituição ou setor social (público ou
privado) utiliza-se da instituição escolar para fazer aquilo que
essa instituição não foi capaz de fazer – e que era sua
responsabilidade: saúde, segurança, trânsito...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Por causa da incompetência e do desconhecimento é que
acabam jogando tudo no pátio da escola. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">O sistema de saúde não tem competência para ensinar e
divulgar aquilo que deve ser transmitido à população e socorre-se
da escola. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">O sistema de transporte (trânsito) é incapaz de
ensinar adequadamente e socorre-se com a escola. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">O sistema de segurança não faz sua parte e diz que a
escola tem que conscientizar as pessoas... </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">o Sistema judiciário imagina algum projeto e joga para
que a escola o desenvolva... </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">E assim por diante, qualquer instituição ou grupo
social que imagina um projeto mirabolante dirige-se a escola para
executá-lo. E, dessa forma, se torna cada vez mais difícil a escola
cumprir seu papel, pois acaba sendo sobrecarregada com o papel de
outros.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Ocorre que essas instituições que não deram conta de
fazer seu trabalho e se socorrem com a escola, na realidade não
desejam resolver o problema para o qual pedem a ajuda da escola. Se
quisessem resultados seriam mais eficientes em sua ação;
utilizariam os recursos financeiros de que dispõem de forma mais
inteligente; usariam um sistema de intervenção mais universal e
eficiente, como os veículos de comunicação. </span>
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Mas o pior disso não é o grupo estranho desejar que a
instituição escolar realize seus projetos mirabolantes, mas os
gestores do sistema escolar permitirem que isso aconteça. E, mais do
que permitirem, são coniventes com o desvio de função e erro
conceitual. Assim a escola está deixando de ser um espaço de ensino
e não consegue ser espaço educativo...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Neri de Paula Carneiro</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Mestre em Educação, filósofo, teólogo, historiador</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.01cm;">
<span style="font-size: small;">Rolim de Moura - RO</span><br />
<span style="font-size: small;"> publicado inicialmente em: http://www.webartigos.com/artigos/educar-ou-ensinar/142802/</span></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-35400351907575295132014-06-26T18:02:00.002-03:002016-07-27T13:02:09.814-03:00Minha mãe<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:DocumentProperties>
<o:Version>12.00</o:Version>
</o:DocumentProperties>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:RelyOnVML/>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:DontVertAlignCellWithSp/>
<w:DontBreakConstrainedForcedTables/>
<w:DontVertAlignInTxbx/>
<w:Word11KerningPairs/>
<w:CachedColBalance/>
<w:UseFELayout/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-qformat:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";
mso-bidi-theme-font:minor-bidi;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNoSpacing">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Minha mãe</span></b></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Minha
mãe mora distante,</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">mas
em mim é presença. </span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em
minha lembrança </span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Me
acompanha todo instante.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Minha
mãe mora comigo</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">e
me dá carinho.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Feliz,
não estou sozinho:</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ela
é o meu abrigo.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Minha
mãe é falecida,</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">mas
vive em mim.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">E
com ela eu vivo assim:</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Ela
é luz em minha vida!</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Minha
mãe, minha homenagem,</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Aqui
são só versos e rimas.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Mas
meu coração animas</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Com
seu gesto de coragem</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Minha
mãe, mulher forte,</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">És
a minha proteção;</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Me
abraças. Com o coração</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Dribla
a distância e a morte</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Minha
mãe, não há palavras</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">para
te homenagear.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Aqui
ou em qualquer lugar</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">............................................</span></div>
<div class="MsoNoSpacing">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Neri de Paula Carneiro</span></div>
N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-34111001291426767972011-09-23T16:56:00.005-03:002011-09-23T17:16:53.109-03:00PLANEJAENTO<!--[if !mso]> <style> v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape {behavior:url(#default#VML);} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <o:shapedefaults ext="edit" spidmax="1027"> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <o:shapelayout ext="edit"> <o:idmap ext="edit" data="1"> </o:shapelayout></xml><![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </p><p style="text-align: center;" class="MsoNormal"><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:Arial;">ProUCA-PROJETO UM COMPUTADOR POR ALUNO</span></span></p><p style="text-align: center;" class="MsoNormal"><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:Arial;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);">escola maria c. lira</span><br /></span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if !mso]><object classid="clsid:38481807-CA0E-42D2-BF39-B33AF135CC4D" id="ieooui"></object> <style> st1\:*{behavior:url(#ieooui) } </style> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Data: 01/07/2011<span style="mso-tab-count:1"> </span>turma: 8 A<span style="mso-tab-count: 2"> </span>Duração: uma aula</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Professor: Neri de Paula Carneiro</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Conteúdo: Revolução Francesa</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Objetivo: entender os conflitos da revolução francesa</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Encaminhamento Metodológico: </p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="mso-tab-count:1"> </span><span style="font-weight: bold;">Professor</span>: proposição do tema; indicação de leituras; indicação de acesso à internet</p><p class="MsoNormal" style="margin-left:35.4pt;text-align:justify"><span style="font-weight: bold;">Alunos</span>: localizar, na Internet, textos e comentários sobre a Revolução Francesa para ler e depois produzir comentários no caderno</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Recursos: Laptop e textos da internet</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Avaliação: verificação do processo de envolvimento com o trabalho e produção do resultado</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:center" align="center"> </p> <p class="MsoNormal"><span style="font-weight: bold;">Observação depois da atividade:</span> O tempo foi muito curto, pois as máquinas e a internet são muito lentas, o trabalho não se concluiu.</p>N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-56195635962779434862009-10-07T16:03:00.001-03:002009-10-07T16:07:52.668-03:00Juramento de Pitágoras<strong>Juramento de Pitágoras</strong><br /><br />Everaldo Lins de Santana (professor de filosofia)<br /><br /><br />“Juro por aquele que à nossa alma confiou o quaternário, origem da natureza eterna”<br />(Pitágoras)<br /><br /> A reverência por algo ou por alguém que nos proporcionou uma compreensão do mundo é uma expressão reveladora do reconhecimento de que esse alguém ou esse algo assumiu uma importância, um tal sentido em nossas vidas de tal maneira que há uma necessidade de expor, de comunicar essa importância. E uma forma de torná-la patente consiste em jurar em nome daquele que o bem nos fez. Foi essa a atitude de Pitágoras.<br /> Jurar, para os gregos, significava não sair dos limites, esse verbo, em grego, vem de “órkos” cujo sentido é recinto, cerca, limite, determinação. Jurar, portanto, é se colocar no recinto dos deuses. Entenda-se recinto como preceitos que os deuses nos propõem, e nós aceitamos como coerentes, prudentes e os seguimos fielmente. Ultrapassar esses limites é ruim para nós.<br /> O quaternário, figura geométrica, foi o elemento fundamental para Pitágoras, e pelo qual ele compreenderia todas as coisas de que são feitas o mundo, o universo. Nós também precisamos de “quaternário”. Ele pode ser um amigo, uma palavra, um gesto, um carinho, o ato de ouvir. Quaternário é tudo aquilo ou aquele que nos faz entender as coisas, os outros, as pessoas ou a nós mesmos.<br /> De fato, o quaternário foi o meio pelo qual Pitágoras expressou seu juramento por aquele que lhe depositou confiança. Todos nós deveríamos encontrar meios pelos quais pudéssemos também expressar nosso juramento como uma forma de reconhecimento de nossa humildade e fragilidade.N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-29889874813337349712009-04-05T16:59:00.001-03:002009-04-05T17:00:59.728-03:00Aonde estão os sonhos?Aonde estão os sonhos?<br />Phelipe Fabres<br />O continuísmo ainda persiste: acordar, sair, comer, estudar, comer,<br />estudar, trabalhar, dormir, acordar! Tudo junto, misturado, e ainda<br />por cima ainda bem cansativo. As roupas, a aparência, os gestos também<br />estão no mesmo curso de antes. Onde está a dúvida? o medo de não mais<br />ser quisto? A solidão em noites de tormentas agora dá lugar as<br />alegrias da companhia de outra pessoa; algo que por muito tempo pude<br />ter, mas nunca dessa forma nunca nessa intensidade.<br />Nem só de amor vive o homem!Mas esse sentimento nos faz sentir o que<br />está ao redor muito mais do que antes, isso sem que ao menos muitas<br />vezes nós percebamos que estamos assim. Mas é dai que nascem os<br />sonhos? não há outra motivação? Talvez não seja tão simples assim<br />senão bastaria um amor para que todos fossemos empreendedores de<br />viver! Em uma sociedade carente de ídolos nós apenas buscamos<br />espelhos: no dia-a-dia(casa, trabalho, meio), no entretenimento (tv,<br />filmes, musica, esportes).<br />A comoção e por que não a adoração por alguns desses estereótipos de<br />nosso cotidiano me faz crer que somos ao mesmo tempo o povo mais<br />alegre quando vemos um vilão cruel (mesmo que maniqueísta!) sendo<br />escraçhado no horário nobre; ou quando falamos com o maior orgulho que<br />nosso filho caminhou sem a nossa ajuda. Tudo muito lindo se no meio<br />disso não ficássemos de braços cruzados para as constantes humilhações<br />implícitas que sofremos políticas e socialmente simplesmente por<br />sempre aceitarmos e julgarmos mas nunca agirmos: da euforia a lama,<br />estamos deprimidos!<br />Um estado obtuso, introspectivo que somente sai do escafandro quando<br />lhe é jorrado uma dose de euforia que com ela gera uma esperança para<br />assim sonharmos novamente e seguirmos ciclicamente repetindo esse<br />caminho até o fim de nossas vidas, bem repetitivo, bem confortável.<br />Lembramos da euforia, sorrimos sobre as conquistas proibidas e nos<br />esquecemos da mudança.<br />Mas então seria o amor talvez a única forma de se sonhar?Talvez!Ele<br />exige uma capacidade de ceder para com o outro ,ou seja, ele pode<br />mudar alguém por simplesmente exigir que esse alguém veja pra dentro<br />dele mesmo se o que se sucede está correto, justifica seu sentimento.<br />Andando por seus subterfúgios agora consigo esquecer um pouco minha<br />"depressão", pois talvez existam outras maneiras de sonhar e viajar<br />pelos anseios da vida.......só ainda não achei uma estrada tão<br />colorida!N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-50542874933388066882009-04-05T16:44:00.002-03:002009-04-05T16:47:52.873-03:00Trabalho e prazer<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpSqIvqpOc2_pCnh9DEhaGAI1lJSoMP1JCJxkSk68oDlGjHQsFSvF5KtwVnTH3Aez1QHbDPhjJ_0ufKo3vBiMIZwzY95c4ICT9iOEeEXifrWJGtB_mb-D2BJOYw0G2kz2vSIU2CqCq8jUs/s1600-h/Imagem1.png"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 306px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpSqIvqpOc2_pCnh9DEhaGAI1lJSoMP1JCJxkSk68oDlGjHQsFSvF5KtwVnTH3Aez1QHbDPhjJ_0ufKo3vBiMIZwzY95c4ICT9iOEeEXifrWJGtB_mb-D2BJOYw0G2kz2vSIU2CqCq8jUs/s320/Imagem1.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5321296110541409234" /></a><br />Trabalho e prazer<br />No curso de Especialização em Gestão Publica, na disciplina ÉTICA E RESPONSABILIDADE PÚBLICA ministrada pelo prof. Neri P. Carneiro, uma das atividades era desenvolver um comentário sobre o mundo do trabalho. Um dos resultados dessa atividade foi o acróstico seguinte, elaborado pelos estudantes:<br />Jackson Eduardo Nogara<br />Vânia Regina da Silva<br />Marcio Alexandre Olive de Moraes<br />Sandra Telma Leite<br /><br /><br />Tesão pelo que gosta de fazer<br />Responsabilidade pelos seus atos<br />Atenção ao executar uma atividade<br />Busca de algo melhor<br />Adaptação a diferentes ambientes<br />Liberdade de escolha<br />Humildade ao assumir os erros<br />Otimista por melhorias<br /><br />Exaustivo<br /><br />Postura de profissional<br />Realizado<br />Autentico<br />Zelo por suas conquistas<br />Esperança<br />Reconhecimento do trabalho.N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-18509118902143328842009-01-29T22:45:00.001-03:002009-01-29T22:49:30.544-03:00O VALE<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitGV-qzgIrY5hHb78oXiAWLeYZ4NMZ6R9lc8xlzKFKwbc-5rEqH257Snyry-JyXjhu49bcIv9KQV1LrR83qQ1dZKLcNOj_CMxBcbGPW70lnvZtyZThG6-aodBC8o__azmMidelI8DNeavb/s1600-h/imagem.JPG"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 342px; height: 220px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitGV-qzgIrY5hHb78oXiAWLeYZ4NMZ6R9lc8xlzKFKwbc-5rEqH257Snyry-JyXjhu49bcIv9KQV1LrR83qQ1dZKLcNOj_CMxBcbGPW70lnvZtyZThG6-aodBC8o__azmMidelI8DNeavb/s400/imagem.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296897962186707458" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">O VALE</span> <br /><br />Phelipe Fabres phelipefabres@gmail.com<br /><br />Em um vale com campos esverdeados , árvores de ipês floridos e rosas<br />que se espalham por todos os lados em foras unilaterais e desconexas.<br />Ali apenas o vento sopra por caras, cabelos, mãos, corpos e estes por<br />sua vez estão andando pois nessa ora o caminhar através do vento,<br />contra ele, não traz desordem, luta ou dor, traz apenas a sensação, o<br />cheiro de que esse talvez seja o caminho certo.<br />Seria essa a diretriz? O caminho em direção contraria? O que seria<br />agora a alegria? Nós trocamos de lado, mas as duvidas sempre persistem.<br />A solidão sempre traz momentos reflexivos que por muitas vezes nos<br />tornam mais sentimentais, mais sensíveis, e principalmente mais<br />críticos e expostos quanto aos nossos sentimentos. No entanto em vez<br />de classificá-la como um ultraje a depressão ela deveria ser livre<br />dessas idiossincrasias: tudo depende da vontade daquele que sente!<br />Por mais que sempre queremos acreditar que o que rege nossa vida é o<br />acaso ou a plenitude dos fatos o que realmente define nosso leque de<br />possibilidades são nossas escolhas. Esses marcos, em nossa caminhada<br />enquanto seres humanos, definem todas as linhas, os leques de<br />possibilidades de nossos caminhos. Aí que os momentos conosco mesmos<br />podem nos ajudar a termos o melhor caminhar pela linha da vida<br />possível: o auto-conhecimento gera o verdadeiro EU de cada um! Então<br />assim: "Eu não vou mudar não/Eu vou ficar são/Mesmo se for só não vou<br />ceder/Deus vai dar aval sim/O mal vai ter fim/E no final assim<br />calado/Eu sei que vou ser coroado rei de mim."<br />Rei! O nobre que comanda uma sociedade. Mas o quanto você é rei da mais<br />complexa integração de seres, você mesmo, é o que talvez definiria o<br />quanto durante sua vida você poderá caminhar por estradas mais macias,<br />felizes. Talvez assim sendo coroado possa eu relembrar não do frio, do<br />vazio, do silêncio amargo dos "outros", mas sim de que a partir dali<br />eu comecei a "gostar" mais de tudo que sempre tive e nunca percebi: a<br />felicidade!N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-3899589446888314092009-01-25T12:46:00.003-03:002009-01-29T22:53:01.450-03:00Hostil<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAQR38ITXqbXCf3RMyb2iZLaqR2-WMyosFdQGIyGwtG_KHQmk2HmjxBsVo5pIdUF1YuLnv8Vqm9_MqUF83GQoes0C9rRJBuo8A4JP_mOpvcmMI2ws-7zl4yq64d6c1Ws0wf8F0MbQnRUrA/s1600-h/imagem+CAM.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 298px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAQR38ITXqbXCf3RMyb2iZLaqR2-WMyosFdQGIyGwtG_KHQmk2HmjxBsVo5pIdUF1YuLnv8Vqm9_MqUF83GQoes0C9rRJBuo8A4JP_mOpvcmMI2ws-7zl4yq64d6c1Ws0wf8F0MbQnRUrA/s320/imagem+CAM.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296898876692706386" /></a><br /><span style="font-weight:bold;">Hostil</span><br />Phelipe Fabres phelipefabres@gmail.com<br />Toca alto o som, são as trombetas? Não! É o despertador! Eis que mais um<br />dia surge em meio a tantos outros, mas hoje o som está mais agudo,<br />forte e carregado de emoção. Até meu acordar tudo mudou. Pessoas não<br />pensam mais como 24 horas antes. O que parece é que uma profecia tinha<br />acabado de se cumprir, o novo Messias acabara de retornar triunfante<br />com suas asas de nostalgia, seu olhar emanando tenacidade, e assim<br />nascia uma anjo.......negro!<br />Por que a euforia? Obama o Enviado? Um misero dia e anos de<br />anti-americanismo se esfacelaram perante uma lenda: a do unificador de<br />almas! 250 anos de racismo caíram em uma campanha graças a um povo que<br />atualmente perdeu seu mais precioso bem, sua identidade.<br />Sempre taxados de hipócritas, os gringos nada mais eram do que<br />extremamente auto-confiantes. Tudo em sua nação funcionava e bem,<br />essa base de que o sistema por eles mantido era melhor de que todos os<br />outros trazia a boçalidade por nós, os outros, tanto comentada e<br />criticada. Ai veio a pedra, o louco que disse: "Voltem para o<br />chão! Somos iguais a vocês"! Boom! Duas torres, milhares de mortos e<br />principalmente uma identidade jogada no limbo, agora eles respiravam<br />nosso famigerado ar. E pelos outros lados um sentimento de dor e de<br />alegria se misturava acentuando a tênue linha que separa o amor do<br />ódio.<br />Mas a emoção de ver aquele homem em meio a 250 mil pessoas não só me<br />fez chorar, mas também enxergar que ali se encontra nada mais que um<br />RockStar da política que percorreu um caminho de redenção, luta , e<br />muitas dificuldades: bem Hollywood! O que eu vejo é um grande jogador<br />de palavras, alguém que com um olhar mostra todo o seu caráter, a sua<br />luta em torno de conseguir ser um cidadão. Toda a história sempre<br />esteve contra ele, isso que ele passa: "Yes, we can!(Sim, nós<br />podemos!)". E o mundo pode e quer de volta o seu regente, simplesmente<br />por que ele, por mais de um século, é quem dita as regras, é quem move a<br />engrenagem para a máquina funcionar. Simples. Nosso Padrinho voltou!<br />Como um legítimo Corleone, o Tio Sam deixa todos os seus apadrinhados<br />agirem como bem entenderem, desde que sigam suas premissas. Bate com<br />uma mão e afaga o ego com a outra, mas também segue de modelo para que<br />quando ele sucumbir o próximo siga o mesmo caminho. Por isso que queremos<br />sua volta, pois sua queda não foi total e assim a cadeira de "chefe"<br />da "máfia" das relações internacionais ainda está preenchida.<br />Eles me venderam um mágico, assim como comprei um nacional a quatro<br />anos. "A mudança chegou!", ambos falaram. Mas no tupiniquim faltou a<br />mágica de transformar todos os sonhos em realidades, todas as promessas<br />em concretizações. Mas aqui o fracasso é histórico (infelizmente).<br />Todos só tem esperança, sem mágica ainda. Mas é bom que ele esteja<br />bem treinado em concretizar como estava em prometer senão, "O mundo<br />inteiro é hostil!"N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-37918844230643950672009-01-25T12:37:00.000-03:002009-01-25T12:38:24.377-03:00Crônica de uma crônica em uma crônica!<span style="font-weight:bold;">Crônica de uma crônica em uma crônica!</span> <br />Phelipe Fabres - phelipefabres@gmail.com<br /><br />E tudo começa novamente! Um grande circulo, que por vezes penso ser<br />sincronizado, com pontos marcados minuciosamente posicionados para que<br />apenas a perfeição do "passar de estágio" possa ser observada. E tem<br />um som! Seco e eficaz como um grito que pode ou não extravasar os<br />melhores ou maiores pormenores desse que apenas é o tempo da vida, que<br />bate, que toca, que conta, mas que sempre vai e sempre volta para de<br />onde ele nunca saiu: de nós mesmos!<br />Não é raro: é invisível! O ciclo depende daquele que o sente, essa<br />eterna gangorra de altos e baixos com um singelo toque de melancolia é<br />que me deixa capcioso, inquieto e por vezes confuso. Qual será o meu<br />ciclo? O que está por vir na próxima página? Onde fica essa fonte de<br />inesgotável entusiasmo e relevância que nominamos novidade? É nela:<br />uma variável!<br />Pode parecer coisa de "nerd", mas a variável sempre muda tudo: seja um<br />amor que surge e deixa a vida sem mais arestas apenas continuísmo;<br />talvez uma reconciliação de amigos, irmão familiares que permite a<br />reflexão no por que de sempre termos dificuldade de controlarmos nosso<br />próprio ego; ou quem sabe o retorno dos ausentes, dos que se foram<br />seja na lembrança, presença ou na dor de uma ferida que nunca<br />cicatrizou de verdade. Depois desses momentos sempre há um recomeço,<br />podendo ser trágico, eufórico, mas com certeza moldado com muita<br />vontade e constatação de que esse é o mais importante de toda a nossa<br />existência.<br />"Só eu sei/Nos mares por onde andei/Devagar/Dedicou-se mais/O acaso a<br />se esconder/E agora o amanhã, cadê?", ta aqui na frente reluzindo.<br />Essa é a frase poesia de baixo ciclo, de destempero. Daí: "Eu quis te<br />convencer, mas chega de insistir/Caberá ao nosso amor o que há de<br />vir/Pode ser a eternidade má/Caminho em frente pra sentir saudade",<br />vem luz do sofrimento que sempre traz a verdade: somos feitos pra<br />suportar essa variação destemperada, pois nós acrescentamos o "molho"<br />que dá o gosto de nossa existência.<br />Somente de sons então seguimos, musicas que começam e terminam. De<br />repente uma animada, no outro uma triste, mas sempre todas verdadeiras<br />obras primas compostas pelo senhor de sua existência: você! E<br />repete-se até que uma hora ela não fará mais nenhuma diferença, pois<br />o que era novo se torna senso comum, ai é o momento em que ela se torna<br />diferente, fala outra língua e assim segue sem começo, meio ou fim<br />apenas uma disco em uma vitrola esperando a única coisa que pode<br />determinar sua partida: o tempo que é aliado se tornar mais um vilão,<br />eis um contraste da vida!N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-61733290901459430282008-09-29T18:04:00.001-03:002009-01-29T23:00:42.905-03:00A TERRA PEDE SOCORRO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM6XkQoCeuLntkxFktyM4-lXyzHOjmeCTjcnCm70vanuzGAN0FMdmrRGbJDWKack4Z7iW9UBOzoJJH5ZOb8IvULDlOepzAS9-UUNCF-Zd6aSDs2_roMiRr1hP13068NZu2SsuK9TPclamK/s1600-h/imagem.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 362px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM6XkQoCeuLntkxFktyM4-lXyzHOjmeCTjcnCm70vanuzGAN0FMdmrRGbJDWKack4Z7iW9UBOzoJJH5ZOb8IvULDlOepzAS9-UUNCF-Zd6aSDs2_roMiRr1hP13068NZu2SsuK9TPclamK/s400/imagem.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5296900857728702530" /></a><br />Um dos trabalhos da III Conferencia Escolar do Meio Ambiente, realizada na Escola Maria C. Lira, de Rolim de Moura-RO, foi esta música composta pelas alunas: <br />GISELE TRANSPADINI DE SOUZA; <br />MICELLI GROHALLSKI;<br />TATIANE OLIVEIRA DO CARMO. <br />As três garotas nos convidam a olhar com mais atenção para os problemas ecológicos e a tomar uma posição. Dizem elas, diante dos problemas decorrentes do efeito estufa, aquecimento global, caos ambiental, que é imprescindível tomarmos uma posição: “Se a gente preservar, a terra vai mudar; os pássaros vão voar e a terra vamos salvar”<br />Vale a pena acompanhar a sensibilidade juvenil e o convite para que façamos uma corrente em defesa do Planeta.<br /><br /><strong>A TERRA PEDE SOCORRO</strong><br /><br />Agente vê a natureza<br />Vê passarinhos no Ar<br />Se cortarmos todas as arvores,<br />Onde é que eles vão morar.<br />Os bichinhos estão morrendo<br />Por causa do desmatamento,<br />E toda terra esta sofrendo<br />Com que vem acontecendo.<br /><br />Refrão: Se a gente preservar<br />A terra vai mudar <br />Os pássaros vão voar<br />E a terra vamos salvar.<br /><br />A gente vê os esgotos<br />Lixos jogados no chão<br />Se cuidarmos da nossa terra<br />Vamos acabar com a poluição.<br />Vamos lutar pela terra<br />Para tudo acabar<br />Chega de tempestades<br />O planeta vai mudar.<br /><br />Refrão: se a gente preservar<br />A terra vai mudar<br />Os pássaros vão voar<br />E a terra vamos salvar. <br /><br />Gisele Transpadini de Souza; <br />Micelli Grohallski;<br />Tatiane Oliveira do CarmoN. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-53643752462354462772008-09-28T13:07:00.001-03:002008-09-28T13:10:43.549-03:00ÉTICA e degradação humanaOs textos que seguem são resultado de algumas aulas de ÉTICA PROFISSIONAL, com alunos de Administração de Empresas da FAP-Faculdade de Pimenta Bueno-RO.<br />Após algumas aulas e discussões, leituras de textos e audição de algumas músicas os alunos foram desafiados a dar sua opinião a respeito da degradação humana produzida pela sociedade atual.<br />O mote para a discussão e produção dos textos foi a música: Dança dos desempregados, de Gabriel, o Pensador<br /><br /><br /><strong>RESPEITO AO SER HUMANO</strong><br /><br />E sem o seu trabalho o homem não tem honra<br />E sem a sua honra, se mata se morre.<br />Não da pra ser feliz, não dá pra ser feliz... (FAGNER)<br /> <br />A dança do desempregado de autoria e interpretação do Gabriel Pensador, cantador e compositor de rap da melhor qualidade, descreve uma situação, que começa com a perda do emprego e termina com a perda da dignidade. Isso prova a tese de Fagner na letra da musica acima, que sem trabalho o homem não tem honra e não dá pra ser feliz.<br />O ser humano é um ser criativo, produtivo e social, ele só vive bem, criando, produzindo e se relacionando. Ao ser demitido, levar um “pé na bunda” ou perder o emprego é como perder o referencial. O desemprego afeta as relações sociais, com os familiares, com os colegas, com o mundo. O Professor Lair Ribeiro em uma de suas palestras em Pimenta Bueno disse que, qualquer pessoa ao iniciar um diálogo com um desconhecido, em menos de um minuto de conversa, ela já indaga sobre a ocupação daquela pessoa; o que você faz? Onde você trabalha? Na verdade, as pessoas são reconhecidas e lembradas pelo que fazem. É por esta razão que Fagner afirmara em sua música, que sem o seu trabalho o homem não tem honra e sem a sua honra o homem é capaz de tudo, menos de ser feliz. <br /> Gabriel Pensador traduz esta visão de forma simples e detalhada em sua canção A DANÇA DO DESEMPREGADO. O vocabulário empregado não deixa dúvidas: “rodar bolsinha”, levar “pé na bunda”, “ir pro olho da rua”, contrabandear e prostituir, são saídas nem sempre honrosas para um trabalhador do mercado informal e para quem se acostumou levar a vida de forma ética e correta. Ao afirmar que “quem ainda não dançou ta na hora de aprender” e que o próximo “dançarino pode ser você”, ele revela a instabilidade do mercado de trabalho em 1.997 ano em que foi lançado o CD quebra cabeça. O País vivia o inicio da experiência do Plano Real e a economia estava estagnada e sem perspectiva de crescimento, o desemprego batia recordes e o poder de compra estava reduzido. A oferta de vagas no mercado formal de trabalho nem se fala.<br />Num “seminário com o titulo: “Passos Práticos para a Construção da Paz” realizado em Brasília em 13 de Novembro de 2001, a UNSESCO deixa claro uma questão sobre a violência e a degradação humana: “hoje, o desafio não consiste mais em frear apenas as guerras e seus horrores, mas a violência, em todas suas formas. - em casa, no trabalho, na comunidade, entre os indivíduos e entre os países – que mina as bases do desenvolvimento humano”. <br />EUGENIO BORTOLON do MP de Porto Alegre ao deparar com a população de rua de sua cidade afirma estarrecido: “a degradação humana atingiu um nível perigoso”. A constatação de um grande número de pessoas de todas as idades dormindo amontoadas e fazendo suas necessidades fisiológicas na rua chocou não apenas por elas estarem ali, mas pela forma como a elite, “civilizada” os encara.<br />Segundo ele, a degradação humana é tamanha entre os ditos humanos que, a poucos dias no site You Tube e, posteriormente, pela mídia tradicional, algumas pessoas se estarreceram com declarações de artistas, diretores de televisão e pessoas da alta sociedade do Rio, que afirmavam se divertir jogando coisas pelas janelas. Ovos podres, flores velhas e outros objetos, só para se regozijar e olhar soberanamente do alto de prédios chiques as iradas pessoas lá de baixo gritando palavrões ao serem atingidas.<br />Alguém chegou a dizer que jogava ovos podres - apodrecidos com requinte e preparados quimicamente - nos vagabundos e vagabundas do mundo, como se a ele fosse dado o dom de distinguir quem pertence ou não a este 'grupo' humano de desgarrados. Será que estes degradados seres humanos, artistas do tiro ao alvo, são melhores ou mais cidadãos do que aqueles que dormem e fazem todas as suas “higienes” nas ruas? Essa questão é fácil de ser respondida disse ele. Sem dúvida, eles, os jogadores de ovos podres e outros objetos mais do alto dos seus mundinhos, são muito mais pobres. Muito mais pobres mesmo, infinitamente mais pobres. A eles não foi dado o dom de serem sequer humanos, completou indignado o Sr. BORTOLON<br />O ser humano é essencialmente criativo, produtivo e social. Alçá-lo a qualquer outra situação que não, a de criar, produzir e se relacionar, é negar-lhe a própria condição de ser humano, é impedir a sua felicidade.<br /> <br />“O homem se humilha se castram seu sonho. Seu sonho é sua vida e a vida é trabalho. E sem o seu trabalho, um homem não tem honra e sem a sua honra se mata, se morre. Não da pra ser feliz, não da pra ser feliz...”<br /><br />Acadêmicos do 4º período de Administração - FAP<br />Joaquim Lopes Louredo<br />Matilde Teixeira da silva<br />Marcilei Borges dos Santos<br /><br /><br /><strong>COMO RESPEITAR O SER HUMANO?</strong><br /><br />Nós acreditamos que para o ser humano ser mais respeitado, com o seu direito de ir vir, independentemente da forma que o faça, nós precisamos encontrar alguma forma, e isto sim passa por nós acadêmicos, além de passar primeiramente pelas mãos dos gestores públicos, uma forma de garantir serviços básicos a uma sociedade cada vez mais carente e sem rumo.<br />Porque os líderes de algumas nações do planeta não se preocupam em garantir um meio para que suas populações tenham uma forma igualitária e digna para manter-se vivos e assim garantir sua existência?<br />Nos últimos anos tivemos mostra do que o “poder” nas mãos de pessoas sem capacidade nenhuma para ocupar os respectivos cargos, nos vimos civilizações serem praticamente dizimadas em guerras ou muitos outros casos de desrespeito ao ser humano.<br />Acreditamos que um líder de verdade, procura guiar seu povo na busca de dias melhores e não atender seus próprios interesses utilizando a desculpa que esta fazendo tais atitudes pela vontade e bem do povo. <br />Cabe a nós cobramos que para sermos respeitados por nossos gestores públicos; para que eles nos garantam uma vida digna com serviços básicos sendo postos a nossa disposição com um nível de qualidade alta, pois para isso pagamos impostos. Mas também temos que ficar cientes que se nós não reclamarmos por nossos diretos não estaremos usando nosso poder de cidadão .<br />Para que se cumpra aquilo que fora prometido, cabe ao eleitor cobrar de seus representantes; que sua participação não passe em branco. É preciso que se cobre melhorias no bairro, a cidade e enfim, como estamos em época de eleições e importante analisar a competência, histórico escolar e o passado dos candidatos, para que a escolha não se tornar um prejuízo para as demais pessoas do seu município.<br /><br />acadêmicos:<br />Jordan Marinnho - 2º Periodo de Administração<br />Lucas de Paula Paiva - 1º Periodo de Sistemas de Informação<br />Carlos Augusto Fabri Santana - 4º Periodo de AdministraçãoN. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-62164750888184395182008-05-21T12:44:00.000-03:002008-05-21T12:45:45.290-03:00BELEZA PÕE MESA OU NÃO?(Pedro Muniz)<br /><br />Quando Deus criou o homem<br />Viu-lhe naquela aflição<br />Viu também necessidade<br />De acalmar-lhe o coração<br />E perguntou-lhe porém<br />Me diz que diabo tem <br />Que não sossega Adão?<br /><br />Ele respondeu, não sei<br />Sinto um aperto danado<br />Machucando o coração<br />Como se fosse arrancá-lo<br />Deus disse: é brincadeira!<br />E fez uma companheira <br />Para poder acalmá-lo<br /><br />Vai dormir, para acalmar-te<br />Que eu vou ver o que faço<br />Quando acordou ele estava <br />Com dor debaixo do braço<br />Deus arrancou-lhe a costela<br />E fez uma mulher bela<br />Da cabeça até embaixo<br /><br />Mas Adão ainda não tinha<br />Na vida muita malícia<br />Ficou só a apreciar<br />Do paraíso a delícia<br />Só descobriu o amor<br />Quando Eva o agarrou<br />E lhe fez uma carícia<br /><br />Até hoje nós pagamos<br />Pelo “erro” de Adão<br />Por ele não ter controle<br />Sobre o próprio coração<br />Padecemos até morrer<br />Sem ter a quem recorrer<br />Morremos sem salvação<br /><br />Mas Eva era bonita e, <br />Afinal só tinha ela<br />E Adão tinha direito<br />Pois era sua costela<br />Fez o que fez porque quis<br />Querendo ele ser feliz<br />Nos meteu numa esparrela<br /><br />Mesmo assim somos felizes<br />Pois podemos escolher<br />Tem tanta mulher no mundo<br />Que um dia quando eu morrer<br />Meu nome está no caderno<br />Do comandante do inferno<br />Não tenho pr’onde correr <br /><br />Pra pegar mulher bonita<br />Exige todo um ensaio<br />Você fica meio longe<br />Olhando só de soslaio<br />Que é para não ter surpresa<br />Perdendo assim sua presa<br />Por causa de um “atrapaio”<br /><br />A feia é só chegar<br />Não precisa encenação<br />Agarra ela pelo braço<br />Derruba ela no chão<br />Diz vou tirar meu atraso<br />“pegar” você depois “vazo”<br />Me diga se quer ou não<br /><br />Pra encurtar a história <br />Eu vou ao “x” da questão<br />Responder sobre a beleza<br />Se ela põe mesa ou não<br />Isso não me aperreia<br />Se eu “pegar” mulher feia<br />É pra não ficar “na mão”<br /><br />Esse questionamento<br />Me trás alguma tristeza<br />Exige muito cuidado<br />E bastante sutileza<br />E pra não magoar ninguém <br />Todas elas sempre têm <br />No fundo alguma beleza.<br /><br />Pedro Muniz<br />Acadêmico de Letras<br />FAP – Pimenta Bueno - RON. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-35363998666438700042008-04-14T22:56:00.000-03:002008-04-14T22:57:57.717-03:00Apreciação sobre o CoçarApreciação sobre o Coçar<br /> Everaldo L. Santana - Filósofo<br /> Certa vez, o filósofo francês Montaigne sobre o coçar comentou: "coçar é uma das mais doces recompensas da natureza e a mais à mão". Será que Montaigne tem razão ao chamar o coçar de doce? O que é esse coçar que fez o filósofo se expressar dessa forma?<br />Há, de certo modo, uma razão no que Montaigne disse. Vamos a ela.<br />A razão de Montaigne está no fato de que a palavra coçar se deriva do latim "coctiare" que possui estes significados: cozinhar, preparar ao fogo, queimar, agitar. Em grego, o coçar se traduz pela palavra "knizo" que apresenta estes sentidos: inflamar, excitar. Daí se entende que o ato de coçar expressa uma agitação seguida de uma excitação. Essa agitação e excitação ocorrem em função dos nervos, só há coceira onde existe terminação nervosa, portanto, nem as unhas nem os cabelos coçam, pois neles não existem nervos.<br />Como foi dito acima, do ato de coçar participa a excitação e nela também se inclui o prazer, pois coçar é um ato prazeroso enquanto "doce", como disse Montaigne. O coçar é tão prazeroso e sublime que levou o rei da Inglaterra Jaime I a afirmar: "Ninguém além dos reis e príncipes deveria ter comichão porque a sensação de coçar é sublime". E há um provérbio antigo que diz: "melhor que fortuna é coçar onde precisa". O escritor Montagu cita um personagem Thomas Carlyle que fala: "o auge da felicidade humana é coçar onde precisa". Outro provérbio antigo diz: "você coça as minhas costas que eu coço as suas". Eis aí fatos de como a coceira participa intensamente da vida humana a ponto de ela exprimir um modo de comportamento que reflete a maneira de pensar coletiva e individual. Coletiva enquanto social representado pelos provérbios; individual enquanto opinião particular, subjetiva.<br />Não se vá pensar que apenas o ser humano sente e explicita o fenômeno do coçar. Os animais, sejam eles silvícolas ou domésticos reagem, em forma de coceira, quando os insetos e as intempéries excitam suas terminações nervosas. Dessa forma, animais e humanos experimentam o mesmo fenômeno, porém guardando as devidas proporções.<br />Além dessas referências, o dramaturgo inglês William Shakespeare produz uma conexão entre coçar e opinar, eis aí : "what's the matter, you dissentious rogues, that, rubling poor itch of your opinion, make yourselves scabs?" (o que há, patífes arruaceiros, que esfregando a pobre coceira de suas opiniões, conseguem formar cascas?).<br />Tendo ainda o evento coçar como elemento em baila, o escritor Montagu apresenta duas outras citações: a de Samuel Butler e a de Ogden Nash. Ei-las: Samuel Butler: "...he could seruples dark and nice, and after solve in a trice, as if divinity had catch'd the itch on purpose to be scratched". (...ele conseguia criar escrúpulos nefandos e ou doces, depois resolvê-los num átimo, como se a divindade tivesse contraído sarna com a finalidade de ser coçada). Ogden Nash: "one bliss of which there is no match is when you itch to up and scratch". (uma bênção para qual não há igual é quando a gente sente um comichão dos pés à cabeça e se coça todo então).<br />Essas três pontuações em torno do prurido (do coçar) não ficam apenas no âmbito prosaico. Em épocas remotas, ou seja, em tempos nos quais as sociedades mais antigas e de caráter religioso, o controle sobre as reações do corpo era uma prova de elevação espiritual, de modo que quando alguma parte do corpo coçava, o religioso não fazia nenhum esboço que indicasse intenção de coçar a referida parte corporal. Esse ato era praticado por monges orientais em seus momentos de meditação. Controle total sobre o corpo implicava em ignorar qualquer ação externa. A imobilidade em estado de concentração não admite coceira, a qual provocaria a desconcentração. Ignorar o externo. Eis o lema dos monges.<br />Finalmente, o ato de coçar é particular e intransferível, entretanto controlável. Houve época em que escravos brancos e negros eram proibidos de se coçarem enquanto serviam a seus algozes. Visto assim, até a coceira é, de certa maneira, manipulada.N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-65709421077886876202008-03-17T13:06:00.001-03:002008-03-17T13:13:12.426-03:00Filosofia: origem e desenvolvimento(Apontamentos provisórios para aulas de filosofia) <br />Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro neri.car@hotmail.com<br /><br />Existem alguns meios que podem facilitar o estudo da filosofia, em sala de aula, com estudantes do ensino médio? Essa mesma concepção vale para o ensino superior? <br />Uma das formas de responder a essas indagações é a constatação de que a filosofia volta sua atenção sobre todas as realidades. Outra forma de estudar filosofia é buscar suas origens. Esta é nossa preocupação com este pequeno texto buscar resposta para as indagações que nos ajudem a entender quem faz filosofia e sua origem e desenvolvimento, até chegar a nós. <br /><br />1- QUEM FAZ FILOSOFIA?<br /><br />Esta é uma questão com resposta aparentemente fácil. Sabemos que filosofia é um processo de busca de conhecimento; um processo pelo qual se reflete a realidade. Tendo isso presente fica quase evidenciada a resposta: o ser humano é quem faz filosofia.<br />Mas quais seres humanos? Todos?<br />Não!<br />Não são todos os seres humanos que fazem filosofia. Todos podem, mas nem todos fazem. E isso por um motivo simples: A filosofia é um processo de busca de conhecimentos, mas nem todos estão preocupados em buscar. Muitos aceitam e se acomodam na mediocridade. (“Sempre foi assim, nunca vai mudar!”, dizem alguns, no que são secundados por outros: “pau que nasce torto, morre torto!”). <br />A filosofia é um processo de crítica da realidade, mas nem todos estão interessados em desenvolver ou passar por esse processo. Muitos aceitam e se acomodam à realidade tal qual ela se apresenta; não querem nem procuram mudanças (deixa como está para ver como é que fica!). <br />A filosofia é um processo de pensar (a palavra pensar tem o mesmo sentido de pesar, estabelecer valores, avaliar) todas as realidades, mas nem todos estão dispostos ou com pré-disposição para isso. Muitos preferem ser pensados, e conseqüentemente aceitam ser manipulados, conduzidos (possuem uma "consciência de rebanho"), pois quem não pensa é pensado! Quem não tem rumo segue o rumo que lhe é imposto. <br />Agora leia o que disse K. Jasper, filósofo alemão, que viveu no século XX, a respeito de como a filosofia é vista: <br />“Muitos políticos vêem facilitando seu nefasto trabalho pela ausência da filosofia. Massas e funcionários são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão-somente usam de uma inteligência de rebanho, É preciso impedir que os homens se tornem sensatos. Mais vale, portanto, que a filosofia seja vista como algo entediante. Oxalá desaparecessem as cátedras de filosofia. Quanto mais vaidades se ensinem, menos estarão os homens arriscados a se deixar tocar pela luz da filosofia.<br />Assim, a filosofia se vê rodeada de inimigos, a maioria dos quais não tem consciência dessa condição. A autocomplacência burguesa, os convencionalismos, o hábito de considerar o bem-estar material como razão suficiente de vida, o hábito de só apreciar a ciência em função de sua utilidade técnica, o ilimitado desejo de poder, a bonomia dos políticos, o fanatismo das ideologias, a aspiração a um nome literário – tudo isso proclama a antifilosofia. E os homens não o percebem porque não se dão conta do que estão fazendo. E permanecem inconscientes de que a antifilosofia é uma filosofia, embora pervertida, que, se aprofundada, engendraria sua própria aniquilação.” (JASPER, 1973, p. 139-140)<br />Para ajudar a entender melhor isso que estamos dizendo, vamos ler o texto seguinte: <br /><br />a- A História dos Cordeiros<br />“Os cordeiros viviam felizes numa fazenda. Pastavam, andavam de um lado para outro. Acreditavam que eram livres e felizes, pois assim se comportavam, correndo dentro do cercado que acreditavam ser sua casa.<br />Diariamente o pastor lhes alimentava, cuidava deles e todos os cordeiros seguiam o pastor. O pastor os chamava; conhecia-os pelo nome conduzindo-os para onde lhe aprazia. <br />Todos os dias os cordeiros entravam na fila para se dirigir ao cercado, onde o pastor os alimentava, dava sal, acariciava seus pelos; de vez em quando era necessário um medicamento e ele lhes aplicava. No tempo do calor o pastor os tosquiava. E todos achavam aquilo maravilhoso, pois a lã, que lhes cobria o corpo, era muito quente.<br />Quando estavam soltos, no pasto, dentro do cercado, vinha o pastor e os chamava:<br />- Venham meus cordeirinhos. Sigam-me. Entrem na fila meus cordeirinhos. <br />E o pastor os condizia para onde achava conveniente:<br />- Venham meus cordeirinhos. Sigam-me. Entrem na fila meus cordeirinhos. <br />E todos o seguiam. Ele era seu líder e todos o admiravam.<br />- Venham meus cordeirinhos. Sigam-me. Entrem na fila meus cordeirinhos. Entrem no cercado, meus cordeirinhos. <br />Houve um dia, entretanto, em que ao ritual foi acrescentada uma longa permanência no cercado. Alguns até acharam estranho, mas o pastor, seu líder assim o fizera e eles se acalmaram: <br />- Calma, meus cordeirinhos. Fiquem calmos dentro do cercado.<br />E os cordeirinhos ficaram calmos, pacificamente, na mangueira. O pastor os tosquiou e lhes disse: <br />- Esperem mais um pouco meus cordeirinhos. Hoje não vou lhes soltar para o pasto. <br />Os cordeiros viram uma movimentação diferente. Mas acreditavam no pastor que veio novamente: <br />- Vamos meus cordeirinhos, entrem no caminhão. Vocês vão dar um passeio.<br />Os cordeiros ficaram alegres e disseram, lá na língua deles:<br />- Oba, hoje vamos passear! O pastor nos deu um prêmio pela nossa produção.<br />Como os cordeiros, todos calmos, e pacíficos, nunca se revoltavam. Nunca haviam pedido para ir à escola, conseqüentemente não aprenderam a ler. <br />E foram passear no caminhão em que estava escrito: Frigorífico.”<br /><br />Uma das conclusões que se pode tirar dessa historinha é que devemos, sempre, nos perguntar sobre o sentido e os porquês das realidades que nos circundam.<br />Filosofar é um ato e processo humano. O Ser Humano é humano por que é capaz de refletir. É pela reflexão que se faz filosofia. Acontece que nem todos se ocupam em refletir. Nem todos se humanizam pela reflexão. Existem aqueles que preferem alienar-se ou estão alienados (fora da realidade) sem perceber os meandros das falsas aparências.<br />Portanto, para saber quem é capaz de filosofar precisamos descobrir quem é capaz de: <br />a) formar as próprias opiniões, ultrapassando o convencional e convencionado;<br />b) agir, movido pelas próprias convicções deixando de fazer o que está previsto só por que está previsto;<br />c) distinguir-se dos que aceitam ser manipulados pelas maiorias, ou minorias dominantes, apenas para não criar conflito;<br />d) buscar sua verdade, ultrapassando os limites das maiorias.<br />Além disso, aqueles que se escondem no chavão: "se os outros fizerem, eu também faço", "se vocês forem, eu também vou", não são capazes de filosofar. Aqueles a quem chamamos de "Maria vai com as outras”, os que sempre estão "de acordo com a maioria", são incapazes de filosofar: ou por que estão alienados ou por medo. Os que preferem esconder-se no discurso da "maioria", não são capazes de filosofar porque perderam sua personalidade no discurso do "outro". E serão incapazes de agir por si mesmos, enquanto não se derem ao trabalho de falar por conta própria; fazer o próprio discurso. Podemos dizer que o apego ao "discurso da maioria", é demonstração inequívoca de despersonalização, incapacidade intelectual, declaração de desumanização. <br />Isso não significa que devamos sempre “ser do contra” só pelo gosto de protestar. Essa também é uma demonstração de imaturidade. Se for para ser “a favor” precisamos ter os nossos motivos e não o impulso da “maioria”. Ser “a favor” ou “contra” depende não do que os outros disserem ou fizerem, mas da análise que o indivíduo deve fazer, refletindo e pesando os prós e contras. É da reflexão que nasce a decisão.<br />Se alguém se mantém preso à "opinião da maioria" é por que não se libertou para emitir a própria opinião. E, se não tem opinião, não tem capacidade de pensar, pois a opinião pessoal origina-se da reflexão, da leitura que fazemos da realidade circundante. Manter-se com a opinião da maioria é não saber ler a realidade e, portanto, permanecer analfabeto ao mundo... É permanecer na ignorância, com opiniões equivocadas.<br />Assim sendo, para saber quem é capaz de filosofar, precisamos saber quem se dá ao trabalho de refletir sobre a realidade, superando as amarras da ingenuidade, da compreensão mítica, da alienação, do senso comum, impondo-se a tarefa da análise em busca de conclusões pessoais. Precisamos saber quem é capaz de fazer algo não por causa da maioria, mas porque refletiu, pesou os prós e contras e, para se desinstalar, assumiu a posição que era necessária, não por causa da maioria nem por conveniência pessoal, mas por imperativo racional.<br />E o erro de julgamento? Como explicar os equívocos?<br />Faz parte do processo de busca. Nunca acontece acerto total. Os erros fazem parte da aprendizagem. Só erra quem busca o acerto. Tanto que, para quem se coloca numa posição de aprendiz, é possível aprender tanto com os erros quanto com os acertos.<br />A historinha, a seguir, sobre erros e acertos, pode nos ajudar a entender melhor a necessidade de busca:<br /><br />b- Erros e acertos<br />“Um velho pesquisador passou a vida toda buscando uma grande descoberta. Mas seus experimentos sempre davam errado. <br />Um dia chegou ao seu laboratório um jovem pesquisador.<br />Todo empolgado, começou a encaminhar seus experimentos. <br />O ancião o observava. Até que se dirigiu ao novato:<br />- Isso que você está fazendo, dessa forma, não vai dar certo.<br />Ao que o outro responde.<br />- Quem é você para me corrigir? Você não sabe de nada, passou a vida fazendo pesquisas que nunca deram o resultado desejado.<br />O veterano:<br />- Exatamente por isso sei que dessa forma não dará certo. Eu já errei exatamente nesse ponto onde você está. Quer acertar, busque outro caminho.”<br /><br />E, se quisermos um pouco mais de arrojo, podemos dizer que a filosofia é o processo pelo qual o animal, que se autodenomina racional, faz-se homem. Aquele que se admira diante da realidade, procurando compreendê-la e dominá-la, esse é o ser humano capaz de filosofar. Abrir-se ao processo de busca, estar inquieto, buscando alternativas, esse é o processo do filosofar, próprio do ser humano que não se acomoda. Enfrentar, com otimismo e coragem, as adversidades, é o caminho do filosofar. Os problemas, as dificuldades, são apenas respostas ainda não apresentadas, mas que nascerão da reflexão do ser humano. <br />Refletir é curvar-se diante do desconhecido buscando compreendê-lo e dominá-lo. Não é demais dizer que foram as facilidades, mas os problemas que permitiram a humanidade chegar onde está. Não fossem os problemas e a capacidade reflexiva, que dá resposta aos problemas, o ser humano ainda estaria nas cavernas. Talvez nem tivesse se transformado em Humano.<br />Fechar-se ao processo é alienar-se. Aniquilar-se. Desumanizar-se. Até deixar de ser humano para tornar-se, talvez, uma utilíssima minhoca. <br /><br />2- DO MITO À FILOSOFIA<br /><br />O ser humano sempre esteve preocupado e ocupado em conhecer e explicar a realidade.<br />Nos primórdios da humanidade todas as realidades, particularmente a natureza, eram muito mais inquietantes, desafiadoras, assustadoras e complexas para os primeiros homens: tudo era completamente desconhecido. Podemos dizer que nos primórdios o sentimento do ser humano em relação ao mundo era de medo.<br />Era, portanto, necessário, explicar o mundo para superar o medo. A complexidade do mundo circundante, ao longo de milhares de anos, possibilitou aos diferentes grupos humanos produzir diversas explicações mítico-religiosas. Podemos dizer que o medo foi cedendo lugar ao mito e à religião. Esse processo perdurou até o advento da filosofia, mas não se extinguiu completamente, pois ainda hoje somos levados a explicar miticamente aquilo para o quê não temos explicações lógico-filosófico-científica.<br />Eis o que diz um pensador alemão que viveu no século XIX, a respeito do desconhecido:<br />“Reduzir uma coisa desconhecida a outra conhecida alivia, tranqüiliza e satisfaz o espírito, proporcionando, além disso, um sentimento de poder. O desconhecido comporta o perigo, a inquietude, o cuidado – o primeiro instinto leva a suprimir essa situação penosa. Primeiro princípio: uma explicação qualquer é preferível à falta de explicação. Como, na realidade, se trata apenas de se livrar de representações angustiosas, não se olha de tão perto para encontrar os meios de chegar a isso: a primeira representação, pela qual o desconhecido se declara conhecido, faz tão bem que ‘é considerada por verdadeira’. Prova de prazer (da força) como critério de verdade. – o instinto de causa depende, pois, do sentimento de medo que o produz” (Nietzsche, 2005, p. 47)<br />A busca de tranqüilidade, de poder, para se contrapor ao medo, fez nascerem todas as explicações, desde a mítico-religiosa até a filosófico-científica. Do ponto de vista cronológico houve um período a partir do qual a interpretação Mítico-Religiosa cedeu lugar à explicação Filosófico-Científica. Mas para chegar a isso foram necessários muitos séculos de reflexão e tentativas de superação do medo.<br />Os primeiros seres humanos viam e conviviam com fenômenos que não entendiam. A primeira reação, sempre, era o medo. Mas, em seguida, sentiam a necessidade de entender suas causas e seus significados. Devemos nos lembrar que eles não possuíam os aparatos e os resultados que hoje a ciência oferece. Assim, aparelhado apenas com sua capacidade reflexiva, carregada de medos, os primeiros humanos desenvolveram várias explicações. Criaram mitos e religiões; deuses e demônios. Por isso surgiram tantas e diferentes explicações para as mesmas realidades..<br />Podemos dizer que todos os povos antigos utilizaram os mitos para explicar aquilo que não podiam compreender imediatamente, que representava perigo ou causava medo. Essa perspectiva mítica pode ser encontrada nos povos da Mesopotâmia, do Egito, como também entre as diversas nações indígenas da América pré-Colombiana. Em nossa sociedade são mais conhecidos os mitos criados pelos hebreus, descrevendo, na Bíblia, a criação do mundo, da natureza, do ser humano.<br />Nestas alturas você está se perguntando: o que é Mito e como ele se caracteriza?<br />Os mitos podem ser vistos como as primeiras tentativas que o ser humano fez para explicar fenômenos: da natureza e humanos; que lhe infundiam medo ou diante dos quais intuía a necessidade de respeito. Essas explicações, os mitos, podem ser caracterizados como uma explicação em que aparecem elementos religiosos, fantásticos e tem caráter explicativo. Nisso eles se diferenciam das lendas que são narrativas culturais e folclóricas. <br />Para entender melhor o caráter explicativo dos mitos, vamos ler uma breve caracterização de antigas narrativas míticas.<br /><br />a- Mitos hebraicos e Mesopotâmicos.<br />Hebreus e Mesopotâmios elaboraram seus mitos para explicar a ação divina criando o mundo. Entre os Mesopotâmios desenvolveram-se várias narrativas explicando as origens do mundo e do homem. O mesmo veremos entre os hebreus que parece terem sido influenciado pela mitologia mesopotâmica. As narrativas bíblicas, principalmente no livro do Gênesis, podem ser vistos como uma espécie releitura dos mitos mesopotâmios. Isso se explica porque as origens dos hebreus remontam a migrações de Mesopotâmicos para a Palestina (da atual região do Iraque para o atual Israel). Entre os hebreus, no texto da Bíblia podemos ler mais de uma narrativa para o mesmo fenômeno, como é o caso da narrativa da criação do mundo e do ser humano.<br />Vamos comparar o mito babilônio da criação, traduzido por P. Grelott, com o mito bíblico. No mito mesopotâmico (babilônico) a criação se dá a partir do combate entre duas divindades Marduque e Tiamate. Depois de uma batalha Marduque aprisiona Tiamate e o matando-o em seguida. Com o sangue dessa divindade morta Marduque, o deus criador, forma o mundo e as pessoas.<br />Vamos ler isso de acordo com a tradução de P. Grelot, contando a criação dos Deuses, depois do mundo e dos seres humanos:<br />“Quando lá no alto, os céus ainda não eram nomeados e aqui em baixo a terra ainda não tinha nome; quando o primordial Apsu, seu criador, e a genitora Tiamate, que os gerou a todos, misturavam suas águas; quando os fardos de junco ainda não eram empilhados e os bambuais não eram visíveis; quando nenhum deus ainda tinha aparecido, nem recebido um nome, nem suportado nenhum destino, então, do seu seio, nasceram deuses.<br />[...]<br />Marduque assegurou seu domínio sobre os deuses acorrentados e voltou-se para Tiamate, que ele tinha vencido.<br />Com sua dava inexorável, fendeu-lhe o crânio.<br />Acalmado, o senhor contemplou o cadáver (de Tiamate): do monstro partido ele queria fazer uma obra-prima. Ele o separou em dois como um peixe seco; estendeu a metade para formar a abóbada dos céus, traçou o limite, colocou guardas e lhes ordenou que não deixassem sair as águas.<br />[...]<br />Marduque, ouvindo o apelo dos deuses, resolveu criar uma obra-prima. “Farei canais de sangue, formarei uma ossatura e suscitarei um ser, cujo nome será: homem. Sim, vou criar um ser humano, um homem!<br />Que sobre ele recaia o serviço dos deuses, para o bem-estar deles!” (Grelot, 1980, p. 30).<br />Como ocorre a criação do ser humano? Na mesma narrativa temos a resposta. Depois de uma batalha entre os deuses, um deles é imolado:<br />“Eles o acorrentaram e o seguraram diante de Eia infligiram-lhe o castigo merecido, cortando suas veias. Com o seu sangue, Eia criou a humanidade, e lhe impôs o serviço dos deuses, para libertá-los. Depois que Eia, o sábio, criou a humanidade e lhe impôs o serviço dos deuses, obra superior a toda inteligência, que realizou Nudimude, graças aos artifícios de Marduque.” (Grelot, 1980, p. 31)<br />Como podemos observar, os deuses mesopotâmicos estavam em constantes atritos. Na mitologia hebraica, na Bíblia, é um pouco diferente. Há apenas uma divindade agindo e criando os céus e o ser humano. Os hebreus apresentam uma divindade poderosa criando pela palavra, pacificamente. <br />Agora, sem entrar no mérito religioso, mas tomando os textos apenas como literatura, compare as semelhanças e diferenças entre o mito Bíblico e o mito Mesopotâmico. Vamos tomar, aqui apenas alguns versículos do capitulo I, do Gênesis (Gn, 1, 1-8; 26-28):<br /> “No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo e um vento de Deus pairava sobre as águas.<br />Deus disse: "haja a luz" e houve luz.. Deus viu que a luz era boa e separou a luz e as trevas. Deus chamou à luz de "dia" e às trevas de "noite". Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia.<br />E Deus disse: "haja um firmamento no meio das águas e que separe as águas das águas" e assim se fez. Deus fez o firmamento, que separou as águas que estão sob o firmamento das águas que estão acima do firmamento. Deus chamou o firmamento de “céu” houve uma tarde e uma manhã: segundo dia. <br />[...]<br />Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem como nossa semelhança, e que eels dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra”.<br />Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou.<br />Deus os abençoou e disse: “sede fecundos, multiplicai-vos enchei a terra e submetei-a” (Bíblia de Jerusalém, 1989)<br />Outra comparação a ser feita, para visualizar outra narrativa mítica, é do capítulo 2, 4-25. Se olharmos os textos sem os preconceitos religiosos, observando apenas sua beleza literária, podermos observar que se tratam de narrativas distintas e com ordem diferente no processo criacionista. Poderemos ver que povos distintos e em tempos diferentes, apresentaram explicações diferenciadas sobre o mesmo fenômeno: a origem do mundo e do ser humano. Isso não invalida as crenças que cada um possa ter, mas ajuda a alargar os horizontes do conhecimento.<br />Como eu sei que você é esperto, sei que está se perguntando: qual é a relação do mito com a filosofia? <br />Alguns chegam a afirmar que o mito dá uma explicação falsa enquanto a filosofia apresenta uma explicação verdadeira, mas essa parece ser uma opinião equivocada. Assim podemos dizer que tanto a Filosofia como o mito têm a preocupação de explicar. Mas fazem isso com linguagens diferentes; podemos dizer que são dois níveis diferentes de abordagem de uma mesma realidade. Pode-se perguntar, então, o que diferencia essas duas abordagens?<br />Veja o que Fedro, escritor romano do século I aC, em suas Fábulas, diz a respeito dos mitos:<br />“Devemos atentar para o significado e não para as palavras.<br />A lenda de Ixião em cima de uma roda em movimento é símbolo da Fortuna que sempre se transforma e nunca repousa. Sísifo, contra a montanha, empurra, com suores, a pedra, que do cume rola sempre para baixo, anulando todo o trabalho. Isso representa a infinda miséria do homem. Tântalo, com sede, em meio a um rio, é o avarento ao qual os bens da vida lambem, mas não o envolvem. As criminosas Danaides, que carregam água, eternamente, não logram encher as jarras perfuradas.<br />Eis aí a luxuria que, enquanto algo dá, também esbanja.<br />Tácito, por nove jeiras foi sacrificado, tendo o fígado inchado com acréscimo de sofrimento. Isso revela que quanto mais bens possuir, maior angústia daí advém. Os antigos revestiam a verdade com mitos a fim de ensejar entendimento ao sábio e equívoco ao ignorante.” (Fedro, 2006, p. 105).<br />A explicação mítica caracteriza-se pelo subjetivo, pelo religioso, pelo fantástico e simbólico. Sua estruturação lógica não se fundamenta na veracidade, mas nas suas em sua simbologia e no fim a que se destina: dar uma explicação. Não importa se essa explicação é parcial, limitada ao tempo e às contingências do volume de conhecimento que se tem no momento específico. O valor da explicação mítica encontra-se na sua própria lógica simbólica, abrindo-se às diversas interpretações. Aceita-se ou não o mito a partir de seus elementos internos.<br />A explicação da filosofia baseia-se na força dos raciocínios argumentativos, racionais, impessoais. O valor da explicação filosófica fundamenta-se na coerência e na razoabilidade. A filosofia se faz a partir dos argumentos que são aceitos pela sua coerência ou refutados a partir de outros argumentos, também lógicos, coerentes e razoáveis. <br />A questão é saber como se dá a passagem da era mítica para o tempo da filosofia. Pode-se dizer que todos os povos, em todas as épocas desenvolveram alguma "filosofia" e algum mito, pois todos os povos procuraram, a seu modo, explicar a realidade e o mundo. Mas o que hoje os livros e as escolas chamam de filosofia, que está presente nas faculdades, nas escolas de nível médio e mesmo fundamental, desenvolveu-se aproximadamente a partir do século VII aC. no mundo grego, quando as explicações míticas tornaram-se insuficientes, limitadas e mesmo contraditórias. Isso levou os pensadores a buscarem outras explicações que tivessem por base não mais o mito, a religião, o fantástico, mas a observação objetiva dos fenômenos, a classificação das respostas, a comparação de resultados, a racionalização dos enunciados. A base, antes religiosa-mítica desloca-se para um plano racional-lógico. Esse processo aconteceu, principalmente por que os gregos começaram a comparar, as culturas dos diferentes povos: respostas diferentes, de povos diferentes, para os mesmos fenômenos, geraram um ponto de interrogação. Nascia a crítica à resposta mítica.<br />Com isso não se pretende dizer que a filosofia nasceu para acabar com o mito, ou que durante o período em que as respostas eram míticas não houvesse filosofia. Em sentido lato, toda vez que alguém desenvolve alguma reflexão, está "filosofando". Portanto o próprio processo de criação dos mitos era um processo "filosófico". E como filosofia é um processo de crítica constante o "pensar mítico" passou pelo acrisolamento da razão, gerando o "pensar filosófico". Também não se pode dizer que a filosofia superou o mito, mas que veio como uma alternativa a ele. O gênio humano já não se satisfazia apenas com o mito. Precisava de maior profundidade, coerência e da possibilidade de ampliar os horizontes. E isso não era possível com o mito, pois este trazia uma resposta pronta e, ao mesmo tempo, subjetiva.<br />É bom dizer, também, que a preocupação da filosofia não era acabar com os mitos. Mesmo por que não existe apenas uma forma de se expressar uma verdade ou um ponto de vista. Assim sendo a "verdade" mítica pode conviver com a filosófica. Também precisa ficar claro que em nossos dias o leque de manifestações míticas é tão variado como são as abordagens filosóficas, sobre uma mesma realidade.<br />Resumindo podemos dizer que em um primeiro momento o ser humano explicou seu mundo a partir da religiosidade. Foi a fase mítica. Quando o mito começou a ser insuficiente desenvolveu-se a filosofia. E isso foi feito pelos Gregos. <br />E nos dias atuais, outro passo foi dado. Além das manifestações míticas do cotidiano e das correntes filosóficas que se desenvolveram, nasceram as ciências como mais uma forma de conhecer e manusear o mundo e os conhecimentos. Mas isso veremos numa outra oportunidade.<br /><br />REFERÊNCIAS<br /><br />NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos Ídolos. São Paulo: Escala, [2005]<br />GOMES, Roberto. Critica da Razão Tupiniquim, 5 ed. São Paulo: Cortez, 1982<br />GRELOT, P. Homem, quem és? São Paulo: Paulinas. 1980.<br />FEDRO, Fábulas, São Paulo: Escala, 2006<br />JASPER, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo: Cultrix, 1973<br />MORENTE, Manuel Garcia. Fundamentos de filosofia, lições preliminares. 3 ed. São Paulo: Mestre Jou. 1967<br /><br />Neri de Paula Carneiro<br />mestre em educação<br />Filósofo, Teólogo, Historiador<br />Leia mais: http://falaescrita.blogspot.com/<br />http://ideiasefatos.spaces.live.comN. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-8856805205187533752008-03-11T00:31:00.001-03:002008-03-11T00:34:02.399-03:00Páscoa e outros bichosHá bastante tempo venho me comentando as chamadas “datas comemorativas”. Se puder resumir tudo o que já falei sobre elas poderia dizer que, na sociedade atual, todas perderam seu sentido e significado.<br />Não que a data ou o evento que se comemora não tenha sentido, ou seja, insignificante. O evento comemorado permanece sendo tal e qual. O que se descaracterizou, por um lado é a compreensão do seu significado e por outro a utilização que é feita do evento. Descaracterizou porque se procurou adaptá-lo às exigências do mundo em que vivemos, onde raramente se realiza algo pela sua significação, mas porque está ”na moda” fazê-lo; isso leva à utilização da data do evento que, na maioria dos casos, ganhou uma roupagem comercializável e consumista.<br />Noutros casos se trata de reação vingativa. Veja você que durante muito tempo as escolas foram obrigadas a comemorar algumas datas meio na ponta da baioneta: dia do soldado, sete de setembro, entre outras. Tanto isso se fez, por imposição que atualmente, em muitos lugares, ocorre a reação inversa: não se comemora nada! E, o que é pior, nem se ensina aos estudantes o significado dessas datas. Tem estudante que não sabe diferenciar o sete de setembro do quinze de novembro. Por quê? Porque nós, professores que vivemos no período da ditadura e fomos obrigados a comemorar isso reagimos dizendo que são resquícios da ditadura. E nossa reação agora, é não falar desses eventos nem do que é significado nessas datas. E nos saímos com ares de pessoas críticas, dizendo que o país não é independente nem a república é exemplar.<br />Mas, desde quando se “independentiza” ou se toma um regime político como modelo de virtude sem consciência cidadã? Sem uma ação constante no sentido de convocar a sociedade para abraçar uma causa comum? A omissão não cria cidadania. A ladroeira que existe não é porque “os caras” são o que são, mas porque nós, que nos sentimos vítimas, nos fazemos de vítima e nos acomodamos na reclamação. Achamos bonito dizer que “são uns ladrões”; “são todos iguais”. Mas não nos organizamos para dar um basta...<br />Raramente se vê ou se realizam comemorações com o intuito de discutir a realidade – para analisar a conjuntura – como se diz nos movimentos populares. Na maioria das vezes a comemoração é feita em busca do feriado; em busca da festividade, em busca de tudo, menos da consciência cidadã, que implica em participação na decisão dos rumos da história.<br />E assim poderíamos analisar cada uma das principais datas comemoradas pela nossa sociedade: o dia das mães se tornou um pacote com uma fitinha e um cartão de parabéns. E está ficando pior, agora os cartões são virtuais, com o risco de chegar cheio de vírus!!! Tem até uns babacas que, na incapacidade de redigir sua mensagem a terceirizam para sites que se especializaram nisso. Ai te chega uma mensagem dizendo que “uma pessoa que você gosta te mandou um cartão virtual, para abri-lo clique aqui”. Aí você clica e abre outra página que te manda clicar noutro lugar e no outro as coisas se repetem. E aí o que faço? Excluo o cartão, sem saber quem mo enviou!<br />Dia das crianças virou seqüestro da sensatez em nome da imbecilidade. A criança manda e os pais obedecem, numa completa inversão de valores. A ausência constante dos pais lhes pesa na consciência e, para se redimir num gesto de compensação, dão tudo que o filho não precisa, mas que a propaganda impõe – e a criança pede – sem dar aquilo que é essencial: carinho e presença!<br />Natal? Virou um velhinho, gorducho, fantasiado de vermelho transportado por uns veadinhos voadores. Até parece roupa de palhaço, ou a roupa dele é assim porque estão nos fazendo de palhaços! Significado da comemoração? Sei lá! Só sei que tem peru, ceia à meia noite, e, como as casa brasileiras não têm lareira, se troca presente por meio de um tal de “amigo secreto”<br />No mesmo ritmo vai a Páscoa. Esta festa, me parece, está sendo a que mais evoluiu tendo chegado ao mais alto ponto do contra-senso Virou festa de um absurdo genético: criaram um coelho capaz de “botar” ovos de chocolate. Nem o doutor Frankstein concebeu uma aberração tão grande. E olha que o homem havia criado um monstro monstruoso, mesmo.<br />Sinceramente não sei explicar por qual processo da mais moderna engenharia genética reprogramaram esse pobre animal para ser fecundado por um galho do cacaueiro. E agora o animalzinho sai por aí, acredito que ainda saltitante, procurando ninhos para desovar. As primeiras ninhadas já chocaram, pois quando a gente “anda andando” pelas ruas pode ver, em várias lojas, embrulhadinho em papéis de disfarce, coelhinhos de chocolate... dos mais diferentes sabores. Alguns ainda são bebes, outros já cresceram...<br />Sobre o significado dessa festa? Quem é que se interessa por isso?<br />Deixe aquelas beatas que chorem pelo deus morto, sem perceber a força viva do Deus da vida. Deixa que uns tantos se fantasiem num espetáculo grotesco para mostrar um rapaz singelo e coerente com suas idéias, ser assassinado numa cruz, sem perceber o significado político e espiritual do seu gesto. Deixa que se comemore a sexta feira, sem se dar conta de que o importante não é o “não comer carne na sexta-feira santa”, mas o não deixar que a “carne nos consuma”. Deixa que pensem que tudo é só um grande teatro sem perceber que se trata de um dos mais radicais convites à revisão de vida e proposta de transformação pessoal e social.<br />Deixa que tudo permaneça como está, pois tende a piorar........<br />E agora, para encerrar, votos de Ressurreição, numa Feliz Páscoa!<br />Neri de Paula Carneiro<br />Filósofo, Teólogo, Historiador<br />Leia mais: http://falaescrita.blogspot.com/<br />http://ideiasefatos.spaces.live.com<br />http://www.webartigos.com/N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4910958921254908546.post-84580749717546259412008-03-06T21:01:00.000-03:002008-03-06T21:03:13.426-03:00Leitura de fériasJá faz algum tempo que me coloquei uma atividade para o período de férias: ler!<br />Não que não leia durante o restante do ano nem estou querendo dizer que outros não lêem. O que estou querendo dizer é que, já faz algum tempo, me dei a tarefa de ler não qualquer livro ou revista, mas eleger um autor e ler, descompromissadamente, o máximo de obras dele, durante o período de férias: desde o encerramento das aulas, no final do ano até o reinicio, no começo do outro ano.<br />Portanto, não se trata de estudar, mas de ler, para saber a quantas anda a produção literária de determinados autores. Foi assim que já passei por Jorge Amado, Machado de Assis, Marx, Platão, entre outros. Este ano elegi um sujeito que sempre admirei: Nietzsche. E não é que o cara é bom mesmo (Lembrando, mais uma vez, não se trata de atividade de estudo, mas de leitura diletante em período de férias! Trata-se de uma leitura pelo prazer e não pela obrigação profissional).<br />E já que li, e gostei, não custa nada compartilhar algumas palavras desse alemão que morreu justamente no final do século XIX.<br />Veja só o que disse para iniciar um de seus livros: “A GENEALOGIA DA MORAL”. Trata-se de algo que se aplica a nós que trabalhamos com as idéias: “Nós os pesquisadores da área do conhecimento, nos desconhecemos mutuamente. Isso por um motivo específico. Nunca nos procuramos...”. Talvez esse tipo de afirmação não diga muito a muita gente, mas a quem se dedica ao estudo e à discussão das idéias, ao ensino... é um puxão de orelha e tanto: não conhecemos nossos contemporâneos e arrotamos os ranços de pensadores do passado; não nos conhecemos pois não nos procuramos e, conseqüentemente, não nos respeitamos, nem nos admiramos com o que o outro disse. O que é pior, e isso vale para todas as profissões: muitas vezes não conhecemos os colegas com quem convivemos e trabalhamos. Passamos várias horas do dia com nossos colegas de trabalho e não os conhecemos...<br />Triste mundo este: mundo dos desconhecidos. De solitários...<br />Outra sacada maravilhosa, que pode ser aplicada a todos os que pensam dominar muitas informações, mas não se dedicam a sua busca. Diz ele, no mesmo livro, chamando a atenção para a necessidade de método de estudo, antecipando em mais de 100 anos nossa crise educacional: “é verdade que, para praticar a leitura como uma arte, é necessário antes de mais nada, possuir uma faculdade hoje muito esquecida [...], uma faculdade que exige qualidades bovinas e não de um homem moderno, ou seja, ruminação”.<br />No corre-corre a que somos atirados, não nos sobra tempo para refletir... E aí podemos nos perguntar e, quem sabe, entender, por que somos uma geração de analfabetos: nos falta a capacidade da “ruminação”. Na ânsia do fazer não nos sobra tempo para a tranqüilidade de ser!<br />“ASSIM FALOU ZARATUSTRA” é um livro que merece ser relido várias vezes. Depois de vários anos retornei a ele, agora numa leitura de férias. Veja o que anotei sobre nós que somos ensinadores e aprendizes. Diz Zaratustra, admoestando aos que se perdem repetindo o que outros disseram sem se dar ao trabalho de produzir o seu próprio pensar: “Recompensa mal um mestre quem se contenta em ser sempre discípulo. E por que não ousam destroçar minha coroa? <br />Vocês me veneram. Pois bem, e se um dia sua veneração tivesse de sucumbir? Cuidado para que não os esmague uma estátua! [...].<br />Você não haviam ainda procurado a vocês próprios, então me encontraram. Assim fazem todos os crentes: por isso vale tão pouco toda fé.<br />Agora lhes ordeno que me percam e se encontrem a vocês mesmos”<br />Noutra momento diz que “cada povo inventou a sua própria língua, segundo os costumes e a justiça.<br />Mas o Estado mente em todas as línguas do bem e do mal; e, qualquer coisa que diga, mente – e qualquer coisa que possua, roubou-a” Percebeu a atualidade dessa reflexão do Zaratustra, há mais de 100 anos?<br />Quer mais? Em “ECCE HOMO”, entre outras coisas recrimina a moralidade amordaçante: “A única moral que se ensinou até hoje, a moral da renúncia, traz uma vontade de aniquilamento, nega radicalmente o próprio fundamento da vida”<br />Muita gente se acha dona de todo saber. Em razão disso vê tudo e todos como errado. Para esses, seu ponto de vista é o único correto:: “seja qual for o ponto de vista filosófico em que nos coloquemos hoje, em toda parte o caráter errôneo do mundo no qual acreditamos viver nos aparece como a coisa mais certa e a mais sólida que nossa visão possa captar”, escreveu em “ALÉM DO BEM E DO MAL”<br />Não quero cansá-lo com tudo o que disse nem fazer julgamento de ninguém. Mas é um fato que muitas vezes nos acomodamos em nossos próprios pontos de vista e por isso não nos damos conta da riqueza que está por aí: nas leituras que podemos fazer; nas troca de idéias que podemos desenvolver; nos debates que podemos travar...<br />Agora retomo o que disse no começo. Minha intenção é apenas partilhar algumas linhas do que disse um pensador polêmico. Não para minimizar outras pessoas, mas para promover o debate. Principalmente porque esse pensador, Nietzsche, apesar de ter morrido há mais de 100 anos é atualíssimo. Questões que ele levantou, principalmente em relação à moralidade, permanecem candentes e pedindo posicionamento. <br />Neri de Paula Carneiro<br />Filósofo, Teólogo, Historiador<br />Leia mais: http://falaescrita.blogspot.com/<br />http://ideiasefatos.spaces.live.com<br />http://www.webartigos.com/N. P. C.http://www.blogger.com/profile/14019414923491676091noreply@blogger.com1