Aula de vida
Vamos comentar alguns aspectos da vida, da política, da
sociedade, enfim, sobre a existência humana. E, para começar quero
te convidar a uma reflexão sobre alguns de nossos posicionamentos em
relação à vida e aos valores que prezamos.
Ou seja, vamos nos perguntar: o que vale a vida, para
nós? A quê damos importância?
E, para isso, vou me valer de uma mensagem que circula
pela Internet.
Eu a recebi há pouco tempo atrás, por e.mail. Por
e.mail porque não aprendi a cultivar facebook ou wathc zap
A mensagem diz o seguinte:
“Um professor, numa aula de filosofia, pegou um
pote de vidro, grande e vazio, e em silêncio começou a enchê-lo
com bolas de golfe. Em seguida, perguntou aos seus alunos:
- Vocês acham que o vidro está cheio?
Todos disseram que sim.
O pegou, então uma caixa com bolas de gude e a
esvaziou dentro do pote. As bolas de gude encheram todos os vazios
entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar:
- E agora, o vidro está cheio?
Novamente os alunos disseram que sim.
Em seguida, pegou uma caixa com areia e a despejou
dentro do pote. A areia preencheu os espaços vazios que ainda
restavam e ele comentou com os alunos.
- Vocês, certamente me dirão que agora o vidro está
cheio!
Entre risinhos incrédulos e sem entender bem as
coisas os alunos disseram que sim, que agora o pote estava cheio.
Então o professor pegou um copo de café.
Aparentemente para tomar, mas derramou o café sobre o pote,
umedecendo a areia. Os estudantes riam da situação.
O professor olhou bem para os estudantes e então
lhes disse:
- Gostaria que vocês entendessem o seguinte:
* O pote de vidro representa nossas vidas.
* As bolas de golfe, são as coisas mais
importantes, como Deus, a família, os filhos, os amigos. São
realidades com as quais nossas vidas ficam repletas de felicidade.
* As bolas de gude são as outras coisas que
importam: o trabalho, a casa bonita, o carro novo, etc.
* A areia representa todas as pequenas coisas;
as vezes coisas insignificantes.
E aqui está a grande lição: caso tivéssemos
colocado a areia em primeiro lugar, na pote de vidro, não haveria
espaço para as bolas de golfe. O mesmo ocorre em nossas vidas. Se
gastamos todo nosso tempo e energia com as pequenas coisas, nunca
teremos lugar para as coisas realmente importantes. Prestem atenção
nas coisas que são cruciais para a sua felicidade: Brinquem com seus
filhos e amigos, saiam para se divertir em família, dediquem um
pouco de tempo a vocês mesmos, tenham fé em algo ou em alguém,
pratiquem seu esporte favorito. Sempre haverá tempo para as outras
coisas, mas ocupem-se das bolas de golfe em primeiro lugar. O resto é
apenas areia...
Num breve instante de silêncio, um aluno se levantou
e perguntou o que representava o café. O mestre sorriu e lhe
respondeu:
- Que bom que você me perguntou isso, pois o café
serve apenas para demonstrar que não importa quão ocupada esteja
nossa vida. Sempre haverá lugar para tomar um café com um amigo”
Creio que esta historinha, que pode ser recontada das
mais diferentes formas, nos convida à mesma reflexão, cobrando o
mesmo posicionamento: trata-se de um convite a rever – ou reforçar
– nossos valores.
É comum supervalorizarmos pequenas coisas e por causa
delas, muitas vezes, entramos em atrito com amigos ou pessoas de quem
gostamos. É comum vermos rodas de amigos, onde não ocorre conversa
e interação, pois todos estão concentrados na areia das redes
sociais. É comum ouvirmos dizer que fulano de tal esta com depressão
porque se sente sozinho, mas tem milhares de “amigos” ou de
“seguidores” ou seja lá o nome que se dê a esse universo
paralelo que, a cada dia mais, está sufocando as coisas importantes
de nossa vida.
Com isso podemos voltar à indagação inicial: a quê
damos importância? Para mim e para você: o que realmente importa?
Num grupo de amigos, preferimos contar piada e rir
juntos ou nos isolamos na multidão? Usamos os nossos telefones
celulares e outras tantas tecnologias para a comunicação ou para
nos isolarmos? Preferimos apertar as teclas de um aparelho ou a mão
de uma amigo?
A quê damos valor? Que valor tem a vida, para nós?
Neri de Paula Carneiro
Mestre em educação, filósofo, teólogo, historiador
Rolim de Moura - RO
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