Carnaval não existe só do Brasil. Existe no mundo todo desde há muito tempo.
No Egito, há quase 10 mil anos já se festejava os deuses Isis e Osiris com dança e cantoria em volta de fogueiras.
Na Grécia havia uma festa em que bebia-se vinho e comia-se bastante, agradecendo ao deus do vinho, Dionísio. A mesma idéia encontra-se nas festas ao deus Baco, de onde se originaram os Bacanais, em Roma. Entre os judeus, havia a festa do pão novo, como agradecimento pela colheita e como forma de esvaziar os celeiros. Outros povos antigos também faziam festas comemorativas e de agradecimento aos deuses da fertilidade pela fartura das colheitas. Nessas festas não faltava comida, bebida, alegria e relações sexuais, para evidenciar a fertilidade.
Como hoje, havia divisão social-econômica com ricos e pobres, muitas vezes em atritos e conflitos. Daí a necessidade de válvulas de escape. Uma delas eram as festas populares com comida, bebida e sexo. Em muitas dessas festas os foliões usavam máscaras, simbolizando a inexistência de classes sociais.
O significado da palavra é incerto. Para alguns a origem da palavra Carnaval é carrum navalis (carro naval – um carro alegórico da festa romanas antiga). Essa etimologia é duvidosa. Quando a festa foi ligada ao cristianismo passou-se a associar a expressão “carne levare”, afastar a carne, como sendo um último momento de alegria e festejos profanos antes do período de abstinência e tristesa da quaresma.
Ao ser associada à quaresma sua data foi vinculada à Páscoa deixando de ser ligada à fertilidade e à Natureza. Em qualquer caso, a festa se origina em momentos importantes da vida: colheitas, para alimentar a vida, bebida, para alimentar a alegria e sexo para alimentar a procriação e perpetuar a espécie. Depois associada à Páscoa, para alimentar o renascer em uma nova vida. O fato é que, em todos os casos, está associado à alegria.
Neri de paula Carneiro
Filósofo, Teólogo, Historiador
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